Custo elevado e divulgação rápida do Tribunal Superior Eleitoral fazem institutos abandonarem pesquisas boca de urna, que termina após votação nas urnas eletrônicas, aguardando resultados oficiais.
No próximo domingo, 6, em São Paulo, a realização de pesquisas boca de urna não será uma prioridade para os principais institutos do País, que optaram por não realizá-las durante a eleição.
Essa decisão pode ter um impacto significativo na forma como os resultados da eleição são percebidos pelo público, especialmente durante a votação e o pleito. Além disso, a ausência dessas pesquisas pode influenciar a forma como os candidatos e partidos políticos avaliam suas estratégias de campanha. A transparência e a confiabilidade dos resultados das eleições são fundamentais para a democracia. A credibilidade das instituições é essencial para garantir a legitimidade do processo eleitoral.
Eleição: Mudanças nos Levantamentos de Opinião
A decisão de não realizar pesquisas boca de urna nas próximas eleições é motivada pelo alto custo desse tipo de levantamento e pela curta validade dos dados, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga os resultados oficiais logo após o fechamento das urnas eletrônicas. A votação termina às 17h, e os resultados são divulgados logo em seguida. A pesquisa boca de urna é a única que busca antecipar o resultado da eleição, entrevistando eleitores que acabam de deixar a seção de votação.
Eleição: Custo e Validade das Pesquisas
O TSE determina que os resultados das pesquisas boca de urna só podem ser divulgados após o encerramento da votação em todo o País, para evitar que os resultados influenciem eleitores. Na eleição presidencial de 2022, esse tipo de pesquisa já havia sido descartado pelos principais institutos, como Datafolha e Ipec. Para se ter uma referência, em 2020, o Ibope (atual Ipec) realizou uma pesquisa de boca de urna em São Paulo, ao custo de R$ 75.225 (valor não corrigido), entrevistando 6 mil eleitores.
Eleição: Mudanças no Comportamento dos Eleitores
Durante anos, os institutos optaram por realizar essas pesquisas por conta própria para captar mudanças de última hora no comportamento dos eleitores, mesmo sabendo que o esforço rapidamente perdia relevância diante da divulgação oficial dos resultados. Como mostrou o Estadão, o voto dos eleitores é influenciado por fatores que as pesquisas muitas vezes não conseguem captar, especialmente aqueles que surgem nos momentos finais do pleito. Em pleitos anteriores, a boca de urna servia justamente para ajustar as diferenças entre as pesquisas de véspera e o resultado final nas urnas.
Eleição: Projeções e Resultados
Embora não vá fazer a pesquisa de boca de urna, o Datafolha vai trabalhar com projeções para antecipar os resultados do TSE. Essas projeções serão baseadas em dados e análises de tendências, visando fornecer uma visão mais precisa do resultado da eleição. A votação é um processo complexo, e as pesquisas boca de urna são apenas uma ferramenta para entender o comportamento dos eleitores. Com a evolução da tecnologia e a disponibilidade de dados, as pesquisas podem ser realizadas de forma mais eficiente e precisa.
Fonte: @ Estadão
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