No Brasil, a alta nos juros será uma exceção, enquanto nos países desenvolvidos, a preocupação dos bancos centrais muda da inflação para a desaceleração do crescimento, diferente do que ocorre no Tribunal de Justiça, onde casos de propina são feitos.
A Polícia Federal realizou uma investigação detalhada e encontrou áudios que revelam um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins, que foi alvo da Operação Máximus. Esses áudios são considerados “estarrecedores” e fornecem evidências importantes para a investigação em andamento.
Os áudios obtidos pela Polícia Federal são parte do inquérito da Operação Máximus, que visa desmantelar o suposto esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Tocantins. A Operação contou com a participação de agentes policiais experientes e especializados em investigação e inquérito policial. A colaboração entre as autoridades foi fundamental para o sucesso da operação.
Operação Máximus: Investigação Revela Esquema de Corrupção no Tribunal de Justiça
A Operação Máximus, deflagrada no dia 23 de agosto, revelou um esquema de corrupção envolvendo magistrados do Tribunal de Justiça do Tocantins. Segundo os investigadores, as gravações obtidas pela Polícia Federal demonstram a insatisfação de desembargadores supostamente ligados ao esquema com os pagamentos de propina feitos de forma fracionada e a demora nos pagamentos.
A Operação Máximus foi autorizada pelo ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, e resultou na prisão de Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, um dos principais investigados no inquérito. Além disso, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e realizadas buscas em 60 endereços no Tocantins, Minas, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.
Investigação Revela Venda de Sentenças e Propinas
Os áudios obtidos pela Polícia Federal envolvem três personagens da investigação: Thales, filho do desembargador; Daniel Almeida Vaz, suposto intermediador das negociações; e José Alexandre Silva, sócio administrador da mineradora. Segundo o inquérito, os arquivos tratam de cobrança de propina, que teria sido intermediada por Daniel, e uma reclamação do grupo em receber valores pagos por José Alexandre supostamente a título de propina de forma fracionada.
A transcrição das gravações reforça a suspeita de venda de sentenças. No caso da mineradora, a Polícia Federal reuniu indícios de propinas a três desembargadores, entre eles Helvécio de Brito Maia Neto. Segundo o inquérito, o desembargador teria recebido R$ 75 mil para ‘praticar ato de ofício infringindo dever funcional’ e beneficiar a mineradora em um processo judicial.
As propinas teriam sido pagas por José Alexandre com intermediação de Thales Maia, filho de Helvécio. As desembargadoras Etelvina Maria Sampaio Felipe e Angela Maria Ribeiro Prudente teriam recebido R$ 100 mil também via a empresa de Thales, suspeita a Polícia Federal.
Investigação Continua e Desembargadores são Afastados
A Operação Máximus teve início com uma denúncia anônima e resultou na identificação de indícios de corrupção em diversos processos, incluindo o da mineradora. A Polícia Federal afirma que as gravações ‘demonstram de forma clara que a organização criminosa sob suspeita atua de forma orquestrada para garantir interesses espúrios no Tribunal de Justiça do Tocantins’.
Helvécio Maia está afastado de suas funções e Thales foi solto pelo Superior Tribunal de Justiça na última sexta-feira, 13. A investigação continua e os desembargadores envolvidos no esquema ainda não se manifestaram sobre as acusações.
Fonte: @ Estadão
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