Ocorreram 41 operações do gênero este ano. Em 2023, foram 53 negócios no Palácio do Planalto, envolvendo líder do União, Brasil, Republicanos, ministro das Relações Institucionais e presidente da Câmara.
Em uma jogada ousada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxe a disputa pela presidência da Câmara para dentro de seu gabinete, um movimento que gerou reações mistas entre seus aliados.
Essa decisão do presidente, que é também o chefe de Estado, pode ser vista como um teste para sua habilidade de liderança e capacidade de negociar com diferentes grupos políticos. A escolha do presidente pode ter um impacto significativo no futuro do governo. Além disso, a habilidade do presidente em lidar com a situação pode definir seu legado como líder político. Como governante, o presidente precisa equilibrar os interesses de diferentes grupos e encontrar uma solução que atenda às necessidades do país.
Presidente Lula Intervém na Sucessão de Arthur Lira
O presidente Lula tem realizado importantes negociações para a sucessão de Arthur Lira (PP) no Palácio do Planalto, contrariando sua própria promessa de não interferir no processo. Nesta quarta-feira, 11, por exemplo, recebeu o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento. Em 26 de agosto, Lula afirmou a líderes da Câmara que não iria repetir o ‘erro’ de Dilma Rousseff, pois isso ‘sempre dá errado’.
Em 2015, a ex-presidente apoiou Arlindo Chinaglia (PT-SP) para concorrer ao comando da Câmara contra o deputado Eduardo Cunha, que venceu e autorizou a abertura do processo de impeachment. Apesar da declaração, Lula recebeu, dias depois, o líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB), que entrou na disputa pelas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e pelo presidente de seu partido, Marcos Pereira (SP).
Antes, Lula já havia pedido pessoalmente ao chefe do PSD, Gilberto Kassab, para retirar a candidatura de Antonio Brito e apoiar Pereira. Kassab negou o pedido, o que o presidente do Republicanos, com quem Lula também havia se reunido, a renunciar à candidatura em favor do aliado Motta. Lula, é verdade, não declarou apoio público a nenhum candidato. Mas tem conduzido a sucessão na Câmara tal como dizia que Lira deveria fazer.
A seus articuladores políticos, o presidente orientou ser preciso unificar as candidaturas dos deputados. Até agora, porém, o cenário é de um enfrentamento entre Hugo Motta (Republicanos) e Elmar Nascimento (União Brasil) ou Antonio Brito (PSD). Ou seja, um racha no Centrão.
Ministro das Relações Institucionais Confirma Agenda do Presidente
‘O presidente Lula vai manter a sua postura de respeitar o processo interno da Câmara, de discutir entre líderes, entre as bancadas partidárias, qual a melhor solução, qual o nome que possa unificar a maior parte dos parlamentares’, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele confirmou a agenda e disse que Lula está aberto a receber os candidatos às presidências da Câmara e do Senado.
O presidente Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), têm mantido um relacionamento estreito durante o processo de sucessão. No entanto, a intervenção do chefe de Estado tem gerado críticas de alguns setores políticos.
Fonte: @ Estadão
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