Eleitores de Guilherme Boulos sabem quem é o vice, enquanto os de Ricardo Nunes são os que menos conhecem, segundo pesquisa Quaest sobre intenção de voto para Prefeitura.
A poucos dias das eleições municipais, uma pesquisa da Quaest divulgada na última segunda-feira, 30, revelou que 77% dos eleitores de São Paulo ainda não sabem quem são os vices de seus candidatos à Prefeitura da cidade. Essa falta de conhecimento pode influenciar a decisão de voto de muitos eleitores que ainda estão indecisos. Além disso, a escolha do vice pode ser um fator importante na hora de decidir em quem votar.
Segundo o levantamento, 72% dos entrevistados disseram desconhecer quem é o companheiro de chapa de sua opção de voto para a Prefeitura, enquanto outros 5% afirmam conhecer o vice, mas não souberam nomeá-lo. Isso pode ser um problema para os candidatos que contam com o apoio de seu eleitorado e votantes para vencer as eleições. Além disso, os cidadãos têm o direito de saber quem está concorrendo e quem é o vice de cada candidato. Os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) são os que mais sabem quem compõe a chapa do deputado federal.
Conhecimento dos Eleitores sobre os Candidatos
Uma pesquisa realizada pela Quaest revelou que 66% dos entrevistados sabiam o nome da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), enquanto 33% não souberam responder e 1% errou o nome. No entanto, quando se trata dos candidatos atuais, o cenário é diferente. Entre os eleitores dos quatro candidatos mais bem colocados nos índices de intenção de voto, nenhum apresentou índice de conhecimento do respectivo vice superior a 50%.
Os eleitores de Ricardo Nunes (MDB) são os que mais desconhecem o vice da chapa. Entre os que pretendem votar no emedebista, 91% não souberam indicar o nome do coronel Ricardo Mello Araújo, do PL. Outros 4% erraram o nome do vice de Nunes, enquanto 5% acertaram a nomeação. Isso mostra que os eleitores de Nunes têm um baixo conhecimento sobre o seu vice.
Desconhecimento do Eleitorado
O segundo maior índice de desconhecimento é o do eleitorado de Tabata Amaral (PSB), entre o qual 84% não souberam dizer que a companheira de chapa da deputada federal é Lúcia França, do PSB. Apenas 9% dos entrevistados acertaram o nome de Lúcia, enquanto 7% respondeu um nome distinto ao da candidata a vice do PSB.
Entre os que pretendem votar em Pablo Marçal (PRTB), 81% não souberam responder que se tratava de Antônia de Jesus, enquanto 9% acertaram o nome da cabo da PM e 10% erraram a indicação de quem é vice do ex-coach. Isso mostra que os eleitores de Marçal também têm um baixo conhecimento sobre o seu vice.
Empate Técnico Triplo
A pesquisa Quaest indica que, a menos de uma semana do pleito, quem lidera a corrida eleitoral no cenário estimulado é Nunes, com 24%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, o que indica que o atual prefeito está em empate técnico com Guilherme Boulos, com 23% de menções, e Pablo Marçal, com 21%. O empate técnico triplo persiste em relação ao levantamento anterior, desde o qual nenhum dos três candidatos na liderança cresceu para além da margem de erro.
Crescimento de Tabata Amaral
Em relação à rodada anterior, quem mais cresceu foi Tabata Amaral, que cresceu três pontos, indo de 8 a 11% de menções no cenário estimulado. Isso mostra que a candidata do PSB está ganhando força entre os eleitores.
Importância dos Vices
Em São Paulo, os vices assumiram a Prefeitura paulistana nas duas últimas gestões municipais. João Doria (PSDB), eleito em 2016, deixou o cargo em 2018, para se candidatar ao governo de São Paulo. Com a renúncia, seu vice, Bruno Covas (PSDB), assumiu a gestão da capital paulista. Covas foi reeleito e faleceu em 2021, legando o cargo ao seu vice, Ricardo Nunes. Antes de 2016, o ex-ministro José Serra, eleito em 2004, deixou o cargo dois anos depois, em 2006, visando o governo estadual. Quem assumiu foi seu vice, Gilberto Kassab (então no DEM, hoje no PSD). Kassab foi reeleito em 2008. Isso mostra que os vices têm um papel importante na política paulistana.
Fonte: @ Estadão
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