Políticos protagonizaram momentos de tensão na história. Dez embates entre candidatos em debates eleitorais, discussão acalorada sobre propostas para cargos públicos.
Os debates eleitorais, como o que acontece neste sábado, às 20h40, na Record entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, costumam gerar grandes repercussões entre os brasileiros não apenas por ser um momento de atenção às propostas dos candidatos, mas também por conta dos embates travados entre os postulantes. Esses debates são fundamentais para que os eleitores possam avaliar as propostas e as personalidades dos candidatos.
Confrontos entre candidatos à Prefeitura de São Paulo foram marcados por agressões verbais e também físicas nas últimas semanas, como a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) e o soco do assessor do ex-coach Nahuel Medina no marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima. Esses confrontos e discussões acaloradas entre os candidatos são comuns em períodos eleitorais, mas é importante lembrar que a democracia se baseia no respeito e no diálogo. A política deve ser feita com respeito e ética. Embora episódios tão tensos como esses, com candidatos indo às vias de fato, não sejam comuns, outros políticos já protagonizaram momentos de discussão acalorada que entraram para a história. A história política brasileira é rica em exemplos de debates acalorados.
Debates Eleitorais: Confrontos que Marcaram a História
Relembre dez das mais famosas brigas entre candidatos aos cargos públicos em debates eleitorais. Esses embates são lembrados até hoje por sua intensidade e impacto nas eleições.
Jânio Quadros X Franco Montoro: Um Debate Acalorado
Em 1982, o debate entre candidatos que disputavam o governo de São Paulo foi marcado pelo embate entre o ex-presidente Jânio Quadros (PTB) e Franco Montoro (PMDB). O peemedebista usou uma citação do ex-ministro da Fazenda do adversário, Clemente Mariani, que teria dito que foi obrigado a fazer emissões após a renúncia de Jânio Quadros, o que saiu ‘mais caro do que a construção de Brasília’, insinuando que o candidato era corrupto. Montoro pediu para que o ex-presidente refutasse ou negasse a afirmação, ao que Quadros respondeu ‘Eu não posso refutá-la nem negá-la. Onde se encontra escrita essa informação?’. Montoro pegou o livro ‘Depoimento’, de Carlos Lacerda, e apontou a página sob risos. Com ironia, Jânio Quadros respondeu: ‘Está dispensado porque o senhor acaba de querer citar as escrituras, valendo-se de Asmodeu ou de Satanás. Não quero ouvi-la’. O bom humor, no entanto, se transformou em bate-boca.
Debates que Fizeram História
Paulo Maluf X Leonel Brizola: Uma Discussão Acalorada
Paulo Maluf (PDS) e Leonel Brizola (PDT) protagonizaram uma das maiores brigas da história no primeiro debate presidencial após a ditadura militar em 1989. Maluf iniciou dizendo que não havia ido ao debate para ‘assistir baixaria’ e, portanto, os candidatos eram obrigados a ter estabilidade emocional. ‘Quem é desequilibrado não pode ser candidato a Presidente da República’, disse. Brizola interrompeu pedindo aparte, o que deu início a gritaria entre os dois postulantes. O pedetista então se referiu a Maluf como um ‘filhote da ditadura’ que não tinha coragem de defender seus ‘chefes’. O adversário retrucou chamando-o de desequilibrado e acrescentando que Brizola havia passado quinze anos fora do Brasil ‘e não aprendeu nada’, se referindo ao tempo que o postulante passou exilado durante o período ditatorial.
Paulo Maluf X Mário Covas: Um Embate Intenso
O embate entre os candidatos Paulo Maluf e Mário Covas marcou a disputa pelo governo de São Paulo em 1998, marcado pela reviravolta no resultado nas eleições. A estratégia de Covas para o debate do segundo turno na Band foi partir para o ataque. O postulante a prefeito abriu o primeiro bloco pedindo para que os eleitores comparassem o caráter dos dois candidatos. O debate foi regado a insultos das duas partes, com Maluf e Covas trocando farpas e acusações. Esses debates são lembrados até hoje como alguns dos mais intensos e acalorados da história política brasileira.
Fonte: @ Estadão
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