Mediana do relatório Focus do Banco Central para o IPCA de 2024 subiu para 4,39%, em alta pela segunda semana seguida, enquanto a disputa política e o duelo de acusações continuam.
A tempestade que atingiu São Paulo e deixou milhares de pessoas sem energia elétrica se tornou um dos principais temas de discussão no segundo turno da campanha pela Prefeitura. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, encontrou um novo assunto para criticar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário, e agora pode usar o apagão como exemplo de falha na Administração Municipal.
O apagão que há três dias afetou 2,1 milhões de consumidores e ainda não foi completamente resolvido em vários pontos da cidade, será um dos principais temas de debate na segunda-feira, 14, entre Nunes e Boulos, promovido pela Band TV. A falta de infraestrutura e planejamento é um dos principais problemas que a Prefeitura precisa resolver para evitar que situações como essa se repitam no futuro. A população exige respostas e soluções eficazes para garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos.
A Disputa Política em São Paulo
A Prefeitura de São Paulo está no centro de uma disputa política intensa, com o prefeito Ricardo Nunes e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, trocando acusações sobre o apagão que atingiu a cidade. Boulos afirma que o problema é resultado de um ‘apagão de planejamento’ por parte do atual incumbente, enquanto Nunes culpa a ineficiência da Enel, uma concessão federal.
A expressão ‘apagão de planejamento’ foi usada anteriormente por Antônio Palocci, então ministro da Fazenda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na época, Lula e os ministros petistas diziam ter recebido uma ‘herança maldita’ de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que comandara o País de 1995 a 2002.
A disputa atual expõe com mais força o duelo político entre Lula, que apoia Boulos, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o vice na chapa de Nunes. Boulos afirma que ‘São Paulo hoje não tem prefeito’ e que a cidade está abandonada, com mais pessoas sem luz do que na Flórida, onde passou um furacão.
A Administração Municipal em Questão
Nunes, por sua vez, repete que quem quer renovar o contrato com a Enel é o governo Lula. Ele chegou a entrar num bate-boca virtual sobre isso com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que o acusou de estar de olho na ‘herança eleitoral’ do influenciador Pablo Marçal e de ser um ‘aprendiz de malfeitos’.
A Prefeitura alega que as 386 árvores caídas eram ‘saudáveis’ e só foram ao chão por causa do vendaval. O ministro de Minas e Energia interrompeu as férias e tem encontro com representantes da Enel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em São Paulo.
A Autoridade Municipal em Ação
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aproveitou para lembrar, nas redes sociais, que a diretoria da Aneel foi nomeada por Bolsonaro, ‘chefe de Tarcísio e de Ricardo Nunes’. Antes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já havia cobrado que Silveira e a Aneel tomassem ‘providências imediatas’ para romper o contrato da Enel por deixar os consumidores ‘na mão’.
Como resposta, Silveira disse não ter faltado cobrança à Aneel para punir a distribuidora. Em mais uma estocada, porém, o ministro chamou a agência de ‘bolsonarista’ e observou que a diretoria da Aneel foi nomeada por Bolsonaro. A disputa política em São Paulo continua a intensificar-se, com a Prefeitura no centro da controvérsia.
Fonte: @ Estadão
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