Concorrentes como New Balance e Asics ganham terreno com votação popular e regime militar, além de debate, impeachment, fraude e Operação Lava Jato.
Aconteceu 35 anos atrás, em 15 de novembro de 1989, a eleição que marcou o início de uma nova era para o Brasil. Foi um pleito histórico, com a participação direta do povo, que teve 22 candidatos disputando a presidência da República.
A eleição de 1989 foi marcada pela vitória de Fernando Collor de Mello, um jovem político alagoano que foi eleito presidente do Brasil, ao vencer o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda disputaria mais 4 eleições presidenciais. Escolhido pelo povo, Collor de Mello se tornou o 32º presidente do Brasil, e sua eleição marcou o início da era da eleição direta no país. O voto popular foi fundamental para a escolha desse novo presidente, e os eleitores que o elegeu como eleito presidente do Brasil.
Eleição de 1989: Fernando Collor de Mello, o ‘Jovem Turco’ da Política
O Brasil vivia um momento de grande mudança em 1989, com a eleição presidencial marcada para o dia 15 de novembro. Essa eleição foi a última a ser disputada no dia 15 de novembro, uma tradição inaugurada pelo regime militar a partir do Ato Institucional nº 3, em 1966. Já na eleição seguinte, a votação voltou a ser realizada em dois domingos de outubro, como era antes do golpe.
Debate Eleitoral: Collor e Lula, os Principais Candidatos
O famoso debate transmitido na Rede Globo foi um momento-chave da campanha eleitoral. Nesse debate, Fernando Collor de Mello afirmou que, caso Lula fosse eleito, o petista iria confiscar o dinheiro do povo. Esse debate foi marcado por uma grande expectativa e foi considerado um momento crucial na eleição.
Os Resultados da Eleição: Collor, o Vencedor
Os resultados da eleição foram anunciados e Fernando Collor de Mello foi eleito o 32º presidente do Brasil, com 53,03% dos votos. Ele assumiu o cargo em 1990 e permaneceu no cargo até o final de 1992. Collor prometia combater a corrupção e a inflação, e sua campanha foi marcada por um discurso de mudanças.
A Campanha de Collor: Paulo César Farias e a Corrupção
O tesoureiro de campanha de Collor, Paulo César Farias, foi acusado de chefiar um esquema que arrecadava propina em troca de favorecimento de empresas. O depoimento do irmão do presidente, Pedro Collor, balançou o governo. As investigações de corrupção levaram à abertura de um processo de impeachment contra Collor.
Impeachment e Renúncia de Collor
Collor renunciou ao cargo poucos dias antes do fim do processo. O vice, Itamar Franco, assumiu como presidente. Depois disso, Collor lançou-se ao governo do Estado de Alagoas em 2002, perdendo para Ronaldo Lessa (PSB). Ele voltou a se candidatar ao estado em 2010 e 2022, sem sucesso.
A Condenação de Collor e a Operação Lava Jato
Na última semana, o STF referendou condenação de maio de 2023 a oito anos e seis meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao fraudar um contrato da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, em R$ 29 bilhões. A denúncia foi baseada em investigações da Operação Lava Jato.
Lula: A Saga de Uma Cadeira Presidencial
Lula começou aquela eleição uma saga de disputas consecutivas que o levariam, em 2002, à cadeira de presidente da República por dois mandatos consecutivos e mais o terceiro depois de um período fora do poder. À época, Lula ainda falava em reforma agrária, anticapitalismo, entreguismo, classe trabalhadora, imperialismo, sindicalismo e corrupção.
Fonte: @ Estadão
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