Como os escritórios de gestão de fortunas dos super-ricos investem em propostas do governo Lula.

Investidores podem alcançar rentabilidade de 25% ao ano com ativos imobiliários, mas esses projetos são exclusivos para investidores de alto patrimônio. A pressão para avançar é intensa, com benefícios para servidores públicos, como supersalários, gerando uma carga tributária pesada. Alguns projetos contam com fundos municipais, enquanto outros são bancados pelo PL, e oferecem serviços de transporte público 24 horas, além de benefícios trabalhistas.

A influência do governo no Brasil é marcada por controvérsias, mas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca proibir a escala de trabalho 6×1 na Câmara dos Deputados reflete uma mudança no foco da atuação parlamentar. Parlamentares da base do governo Lula veem essa PEC como uma oportunidade de se aproximar dos eleitores e reafirmar compromissos eleitorais. A estratégia é buscar apoio popular, mesmo que as medidas não sejam concretizadas imediatamente.

A decisão de priorizar ações que ampliem os direitos trabalhistas, como proibir a escala de trabalho 6×1, é uma resposta às pressões exercidas pela Câmara dos Deputados para aprovar medidas que beneficiem os eleitores. Lula tem sido um defensor da valorização do trabalho e da melhoria das condições de vida dos brasileiros, e essa PEC é vista como uma maneira de reafirmar esses princípios. Ainda que a votação não seja iminente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) é uma forma de o governo se conectar com os eleitores e demonstrar compromisso com as demandas populares.

Força Trabalhista Busca Evitar Queda na Popularidade do Governo

O governo Lula enfrenta pressão para avançar na implementação de propostas que beneficiem a população, com o objetivo de evitar um novo baque na popularidade do governo. Uma das principais sugestões é zerar a tarifa do transporte público em todo o País, através do projeto de lei que propõe essa medida. O deputado petista Jilmar Tatto, ex-secretário de Transportes de São Paulo e autor do projeto, está articulando o avanço da pauta com a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) e com secretários do Ministério das Cidades (MCid). ‘O que tem que fazer é a esquerda e, particularmente o PT, começar a pautar temas que têm a ver com a vida do povo’, disse Tatto. ‘Evidentemente, reduzir a jornada de trabalho sem redução de salário e ter transporte universal gratuito é fundamental e importante’. Pelo texto de Tatto, a adesão dos municípios é voluntária e parte da conta será repassada ao empresariado. ‘As empresas seriam dispensadas de fornecer vale transporte e passariam a contribuir com verbas para o sistema de mobilidade municipal’, diz o PL 1280/2023, que está pronto para votação no plenário da Câmara. ‘O meu projeto autoriza que a empresa deposite o valor do transporte num Fundo Municipal de Transporte e não necessariamente diretamente para o funcionário. Funcionários não terão o benefício só de ir e voltar para casa. Eles terão o benefício 24 horas por dia’, afirma Tatto. A PEC de Erika Hilton (PSOL-SP) contra a escala 6×1 já gerou uma grita geral no empresariado brasileiro, preocupado com o impacto nos custos e em eventual aumento de desemprego. A oposição ao governo Lula também reagiu. O líder da bancada do PL na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (RJ), condiciona o apoio dos parlamentares do PL à apresentação de viabilidade econômica das medidas. ‘Se os textos forem beneficiar a população sem gerar aumento de carga tributária e sem prejudicar o empregador, o PL vai ser sempre favorável’, disse à Coluna do Estadão. Deputados federais Erika Hilton (PSOL-SP), Guilherme Boulos (PSOL-SP), Jilmar Tatto (PT-SP) e Reginaldo Lopes (PT-MG). Outra proposta que a base governista promete mobilização é para eliminar os chamados ‘penduricalhos’ e evitar que servidores públicos ganhem acima do teto constitucional – atualmente fixado em R$ 44 mil para funcionários federais. O fim dos supersalários é a única sugestão alinhada diretamente com o pacote fiscal do governo Lula. O deputado Guilherme Boulos (PSol), autor de matéria com esse teor, quer urgência na tramitação.

Fonte: @ Estadão

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