29 bilionários ligados à empresa de equipamentos elétricos têm patrimônio de R$ 95,57 bilhões e atuam em cargos eletivos, vida pública e vida partidária no País, passando pelo Tribunal Superior Eleitoral e Presidência.
Em 1985, Jânio Quadros tornou-se o primeiro ex-presidente da República a assumir a Prefeitura de São Paulo, um feito inédito na época. Essa conquista poderia ter sido repetida anos depois por outro político de renome, Fernando Collor.
Fernando Collor, ex-presidente da República entre 1990 e 1992, teve a oportunidade de comandar a capital paulista, mas não conseguiu. Se tivesse sido eleito, teria se tornado o segundo ex-presidente a ocupar o cargo de prefeito de São Paulo, após Jânio Quadros. A carreira política de Collor foi marcada por altos e baixos, incluindo sua passagem pelo Senado e sua candidatura à Presidência.
Collor: O Ex-Presidente que Tentou Voltar à Cena Política
Após um período fora do País, Fernando Collor, ex-presidente, ex-senador e ex-candidato, tentava retornar à cena política se candidatando à Prefeitura paulistana pelo PRTB. Seu candidato a vice era Levy Fidelix, fundador da sigla. No entanto, a campanha de Collor foi marcada por problemas jurídicos e baixa popularidade.
O ex-presidente, que parecia mais interessado em discutir sua própria Presidência do que os problemas da cidade, não apresentou bons índices nas pesquisas de intenção de voto. Além disso, a pena de inelegibilidade imposta em dezembro de 1992, decorrência do processo de impeachment, ainda estava em vigor e só expiraria no final de 2000, após a campanha a prefeito.
O Registro de Candidatura Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral
O registro de candidatura de Collor foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), devido à sua inelegibilidade. Essa decisão foi um golpe duro para a campanha de Collor, que havia anunciado sua pré-candidatura no início de junho de 2000.
Mesmo impedido de concorrer a cargos eletivos, Collor não havia proibição para que o ex-presidente mantivesse ativa uma vida partidária. Ele estava permitido a se filiar a partidos políticos e até se lançar como pré-candidato. No entanto, obter o registro da candidatura na Justiça Eleitoral era alvo de controvérsia jurídica.
A Tese de Collor e a Controvérsia Jurídica
A tese defendida por Collor era que a inelegibilidade se encerraria em dezembro de 2000. Como a eventual posse do cargo de prefeito estava marcada para o dia 1º de janeiro de 2001, não haveria impeditivo legal para assumir o mandato no ano seguinte. No entanto, essa tese não foi aceita pelo TSE, que cassou o registro de candidatura de Collor.
A Campanha de Collor e a Vida Pública
O ex-presidente pretendia usar a campanha para se reabilitar na vida pública do País, da qual estava afastado desde a renúncia, em dezembro de 1992. O retorno ao noticiário político, segundo o próprio Collor, seria ‘a Presidência passada a limpo’. No entanto, a plataforma de campanha de Collor tornava-se estranha ao contexto local, e ele não resguardava conexão alguma com a capital paulista.
Natural de Maceió, o ex-presidente, ao longo da vida, já havia morado em Brasília e no Rio de Janeiro, em função da carreira política do pai, o ex-senador Arnon de Mello. Quanto a São Paulo, entretanto, nenhuma relação de destaque. Questionado sobre temas mais específicos à cidade, o ex-presidente não demonstrava conhecimento suficiente.
Fonte: @ Estadão
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