Ivo de Almeida Júnior, filho do desembargador Ivo de Almeida, investigado por suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de São Paulo, fala sobre divisão de valores e um quadro de Volpi encontrado durante a operação da Delegacia de Repressão.
Em meio à Operação Churrascada, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado à venda de sentenças, o comerciante Ivo de Almeida Júnior, filho do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Ivo de Almeida, foi alvo de uma investigação que revelou depósitos de valores fracionados em sua conta bancária. Segundo o comerciante, esses depósitos são resultado da venda de vinhos.
A Operação Churrascada é um inquérito que visa desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro que envolve a venda de sentenças judiciais. Durante a investigação, a Polícia Federal identificou movimentações financeiras suspeitas na conta de Ivo de Almeida Júnior, que alegou que os depósitos eram decorrentes da venda de vinhos. No entanto, a operação ainda está em andamento, e a investigação continua para esclarecer os fatos. A verdadeira origem dos depósitos ainda é um mistério.
A Churrascada: Uma Operação de Investigação
Ivo de Almeida Júnior, filho do desembargador Ivo de Almeida, depôs à Polícia Federal no inquérito da Operação Churrascada, que investiga o desembargador sob suspeita de ligação com a venda de sentenças na Corte paulista. A Churrascada é uma operação que visa investigar a conduta do desembargador e sua possível ligação com atos ilícitos.
A defesa do magistrado nega enfaticamente qualquer ligação de Ivo de Almeida com atos ilícitos e afirma que a Operação Churrascada nada irá provar contra ele. Dezenas de criminalistas renomados hipotecaram solidariedade ao desembargador, a quem atribuem comportamento pautado pela ética.
A Investigação e o Inquérito
A PF espreita o desembargador e sua conduta em processos nos quais teriam sido negociadas sentenças de acordo com a ‘gravidade’ de cada caso. A investigação também apontou indícios de possível utilização do empreendimento do qual o comerciante é sócio para a lavagem de dinheiro – inclusive pelo desembargador – considerando os créditos na conta da empresa, sem identificação da origem.
Ivo Júnior foi sócio de uma incorporadora constituída para a construção de um edifício de 30 andares na rua Carolina Soares, zona Norte de São Paulo. A PGR sustenta que o desembargador seria o real proprietário de três unidades do empreendimento.
A Venda de Vinhos e a Operação
A Operação Churrascada também investiga a venda de vinhos e a possível ligação com a lavagem de dinheiro. A PF questionou Ivo Júnior sobre movimentações financeiras em suas contas, totalizando R$ 170 mil. Ele explicou que os depósitos são relativos a valores de suas vendas e que fracionou os depósitos para o dinheiro ‘caber no envelope’.
A Procuradoria-Geral da República apontou indícios de possível utilização do empreendimento para a lavagem de dinheiro, considerando os créditos na conta da empresa, sem identificação da origem. A PF também investiga a possível ligação entre o desembargador e a venda de sentenças na Corte paulista.
O Tribunal de Justiça e a Delegacia de Repressão
O desembargador Ivo de Almeida foi afastado da presidência da 1.ª Câmara de Direito Criminal do TJ em junho por ordem do ministro Og Fernandes, relator da Churrascada no Superior Tribunal de Justiça. A Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal também está investigando o caso.
A Operação Churrascada é uma investigação complexa que envolve várias instâncias do poder judiciário e a Polícia Federal. A Churrascada é um exemplo de como a justiça pode ser investigada e como a corrupção pode ser combatida.
Fonte: @ Estadão
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