Renan Santos fala sobre planos do movimento de criar rede de cafeterias e selo musical. Ele diz que MBL renunciou ao eleitorado de Jair Bolsonaro e que a direita brasileira foi absorvida pelo Centrão.
Neste 15 de junho, o Movimento Brasil Livre (MBL) celebra seu décimo aniversário, marcando uma década de luta pelo governo mais transparente, com políticas mais justas. O MBL nasceu em meio à convulsão social das Jornadas de Junho de 2013, um período de grande tensão no país.
Ao longo desses anos, o MBL se consolidou como uma força política forte, desafiando a direita e a esquerda tradicionais com uma proposta inovadora. O movimento tem sido conhecido por suas manifestações públicas diretas e claramente problemáticas para o establishment político, especialmente em relação à corrupção e à transparência governamental. Com um olhar crítico sobre a política tradicional, o MBL se apresenta como uma alternativa para o Centrão e para o Centro-Ao-Ventos, duas expressões de grupos políticos que muitas vezes são identificados com a política tradicional. O MBL, por outro lado, busca representar os interesses do povo em um cenário político marcado pela corrupção e pela desigualdade. Apesar das dificuldades enfrentadas, o movimento segue com planos ambiciosos para o futuro, determinado a continuar lutando pela transparência e pela justiça no Brasil.
Centrão: Um Problema Maior do que a Esquerda
O movimento Missão Brasil Livre (MBL) está prestes a ultrapassar uma década de existência, marcada por uma trajetória de transformação e adaptação. Desde sua criação em 2014, o MBL teve como objetivo principal despertar o brasileiro para uma visão crítica sobre política, com agendas claras, como a defesa da Lava Jato e o combate à corrupção. No entanto, a eleição de Jair Bolsonaro em 2018 foi um momento de cair na realidade para o movimento, que percebeu que suas ações não eram tão especiais.
Centrão: O Grande Choque
Com a eleição de Bolsonaro, o MBL entrou em um ciclo de amar uma liderança política, o que foi um grande choque para o movimento. Eles tiveram que escolher entre aceitar aquela situação e virar bolsonaristas ou se opor ao presidente. A escolha de se opor foi a escolha certa, mas levou anos para que as pessoas entendessem a postura do MBL. Eles foram vistos como loucos, comprados ou até petistas.
Centrão: O Rompimento com Bolsonaro
Renan Santos, Coordenador Nacional do MBL, definiu o rompimento com Jair Bolsonaro como a decisão mais desafiadora e mais acertada do grupo até aqui. Segundo Renan, o Centrão é um problema maior do que a esquerda e o rótulo de direita não é suficiente para marcar o que o MBL defende.
Centrão: Uma Nova Abordagem
O MBL está se adaptando a uma nova abordagem, com o objetivo de expandir sua presença entre a geração Z e os millennials. Eles estão lançando uma rede de cafeterias, uma editora que publicará de ficção a romance e até um selo musical. Além disso, o MBL está se focando em militância, inovação de discurso, provocações e campanhas.
Centrão: O Futuro do MBL
O MBL está se organizando em três iniciativas: a político-partidária, chamada Missão; o MBL propriamente dito, focado em militância, inovação de discurso, provocações e campanhas; e a Valete, uma iniciativa cultural voltada para a formação de ideias e imaginação. Transformaremos a Valete, atualmente uma revista, em uma produtora de documentários, uma rede de cafeterias voltada para encontros e conversas e também em uma editora de livros. O objetivo do MBL é mostrar aos brasileiros que as discussões nas redes sociais estão superficiais e que há problemas estruturais que travam o crescimento do País.
Fonte: @ Estadão
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