Investigadores fazem perícia no celular apreendido de Francisco Wanderley Luiz em Brasília para identificar se ele agiu sozinho; Polícia Federal pode pedir quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático para encontrar dados armazenados.
O atacante vinha planejando o atentado por muito tempo, e seu objetivo era causar o máximo de danos possível ao Supremo Tribunal Federal (STF). Sua ação foi considerada um atentado terrorista, e a Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para identificar os demais envolvidos.
De acordo com os dados do aparelho celular de Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, o atacante manteve contato com várias pessoas antes do atentado, mas nenhuma delas parecia estar ciente do plano. A Polícia Federal (PF) considera que Francisco Wanderley Luiz agiu sozinho, mas ainda está investigando a possibilidade de que ele tenha tido ajuda de outras pessoas. O atentado foi um ataque à democracia e à autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF), e a Polícia Federal (PF) está trabalhando para prevenir futuros incidentes.
Atacante: Perícia Avança nas Investigações Após Explosão em Brasília
A perícia está em andamento, com foco na tentativa de desvendar o que realmente motivou o atacante a cometer o atentado explosivo em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Um dos objetivos é analisar as relações políticas do atacante tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, seu Estado natal. Francisco, como era conhecido o atacante, era filiado ao Partido Liberal (PL) e havia tentado se lançar candidato a vereador nas eleições de 2020, mas não conseguiu se eleger. Os peritos vão pedir autorização para a quebra do sigilo telemático e, com isso, analisar os históricos de buscas e mensagens e dados armazenados na nuvem atrás de provas. A extração das informações é feita por meio de um software de última geração.
O celular do atacante estava bloqueado com senha, o que dificultou a extração das informações. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com explosivos, também estão sendo periciados. Além disso, a quebra dos sigilos bancário e fiscal também será requisitada ao STF. O prédio do Supremo Tribunal Federal, cercado por grades por medida de segurança, está sendo alvo das investigações.
O relator da investigação é o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a ex-mulher do atacante, era o principal alvo. Em depoimento, ela afirmou que o ex-marido ‘tinha a ideia de eliminar os ministros do STF’. Ela também disse que acredita ‘sinceramente’ que ele tenha agido sozinho. Imagens obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal mostram que o atacante comprou fogos artifícios em uma loja regular na semana anterior ao atentado. Informações preliminares apontam que ele modificou o material, de maneira caseira, para potencializar o efeito explosivo.
A investigação continua em andamento, com a perícia ainda em curso. As varreduras necessárias na região da Praça dos Três Poderes já foram concluídas pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Fonte: @ Estadão
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