Economista deixa comando do banco e assume diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo.
O economista Roberto Campos Neto encerra um período e abre caminho para o futuro no Banco Central do Brasil, deixando o comando do Banco Central logo após a última segunda-feira, 23, desencadeando uma sucessão que já está prevista para acontecer no dia 1º de janeiro. Nesse período de transição, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, assume o cargo de forma interina.
Com a saída de Roberto Campos Neto, o Banco Central entra em um novo período, abrindo portas para oportunidades e novos desafios. O futuro da carreira do Banco Central está sendo moldado, e a transição do cargo é um marco importante para a vida profissional dos funcionários. Além disso, a nova gestão traz perspectivas renovadas para o futuro da instituição e para a vida de todos os profissionais que lá trabalham. Com o início da gestão de Gabriel Galípolo, a instituição entra em um novo capítulo, marcado por novos rumos e perspectivas.
Reinventando o Futuro
Após uma década de dedicação ao mercado financeiro, um economista se encontra à frente de uma encruzilhada. A quarentena de seis meses, imposta pela necessidade de renovação, o leva a questionar a escolha de atividade profissional que o aguarda após essa pausa. Embora ele possa desviar a atenção, sua mente não pára em pensar sobre o que vem por aí. ‘Depois de seis anos de entrega ao Banco Central, o que eu mais quero é relaxar com a família nos próximos meses’, ele confidencia. Mas, sem margem para dúvidas, ele destaca o critério que orientará seu futuro profissional: a definição do papel que desempenhará após deixar o comando do BC.
Lembra-se de que permaneceu à frente da instituição por dois anos mais do que o previsto inicialmente devido à mudança na lei de autonomia operacional da autarquia. Isso impedia que os mandatos dos banqueiros centrais coincidissem com os dos presidentes da República. Indicado por Jair Bolsonaro, ele se manteve no cargo nos dois primeiros anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o café da manhã de despedida com jornalistas, Campos Neto observou que, devido a esse período prolongado no comando do banco, a mulher e seus dois filhos sacrificaram muito de sua presença nos últimos anos. E avaliou que eles têm o direito de decidir os próximos passos, enfatizando a importância da vida familiar em sua escolha.
Campos Neto se despediu do BC com o legado da sua autonomia operacional, mas essa conquista não foi transferida para sua vida pessoal. Ele não titubeia em admitir que sua próxima atuação profissional vai depender do aval da esposa. Essa declaração reforça a ideia de que o futuro profissional de um diretor de Política financeira é influenciado pela vida pessoal, e que a escolha de uma nova oportunidade deve considerar não apenas o mercado financeiro, mas também as necessidades de sua carreira e vida.
Fonte: @ Estadão
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