Reduzir lacunas, acentuadas no N, NE e em negócios de mulheres, com base na Lei de Gerson, queimada, digital e luta livre, monitoradas pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral.
A campanha para a Prefeitura de São Paulo será lembrada como um dos momentos mais sombrios e desalentadores da política brasileira. A falta de propostas concretas e a polarização exacerbada transformaram a disputa em um verdadeiro confronto de egos.
No entanto, é importante lembrar que a campanha também foi marcada por momentos de esperança e entusiasmo. A participação ativa da sociedade civil e a mobilização de jovens foram fundamentais para manter a discussão política viva e engajada. A eleição para a Prefeitura de São Paulo foi um teste para a democracia brasileira, e é essencial que aprendamos com os erros e acertos para construir um futuro melhor para a cidade. A campanha pode ter terminado, mas o trabalho pela melhoria da cidade continua.
A Campanha em São Paulo: Um Vale-Tudo Político
A eleição na capital paulista terminou o primeiro turno com um golpe baixo do candidato Pablo Marçal (PRTB), que recorreu à ‘Lei de Gerson‘ para provocar uma ‘queimada digital‘ na última hora. Mas por que a campanha, que antes exibia debates acalorados entre o PT e o PSDB, ou mesmo entre petistas e Paulo Maluf, enveredou por esse caminho? A resposta está no fato de que a disputa política em São Paulo se transformou em um ringue de luta livre, onde os candidatos estão mais preocupados em atacar uns aos outros do que em apresentar propostas para a cidade.
A apresentação de um laudo médico falso por Marçal para tentar associar Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas foi um ataque não apenas ao adversário, mas também ao jogo democrático. Marçal rachou a direita e atacou a ética, debochou da Justiça e desrespeitou eleitores que vêm sofrendo nos últimos anos. A campanha em São Paulo se transformou em um espetáculo de horror, onde os candidatos estão mais preocupados em ganhar a qualquer custo do que em respeitar os eleitores.
O Confronto Político em São Paulo
Durante a primeira rodada do confronto, a campanha em São Paulo se transformou em um show de baboseiras, insultos e agressões. Candidatos como Tabata Amaral (PSB) e o próprio Boulos tentaram apresentar ideias nos debates, mas não houve propriamente debates. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) passou o tempo querendo mostrar o que fez, mas ninguém viu. Na outra ponta, Marina Helena (Novo) não disse a que veio, aparecendo em dobradinhas com Marçal para alvejar o que o ex-coach batizou como ‘consórcio comunista’.
O apresentador José Luiz Datena, que mudou de partido dez vezes até desembarcar no PSDB, admitiu ter entrado na eleição errada. O PSDB, representado por Datena, acabou de acabar. Se assistimos a esse espetáculo de horror em São Paulo, a maior cidade do País, o que estará ocorrendo nos rincões do Brasil? O Observatório da Violência Política e Eleitoral, da Universidade Federal do Rio, identificou 455 casos de agressões contra líderes políticos de janeiro a setembro. Somente de julho até o mês passado foram 15 assassinatos.
O Futuro da Campanha em São Paulo
Agora, na capital paulista, chegamos ao fim da primeira etapa da campanha sem saber quem ganhará o passaporte para o segundo turno, com Boulos, Nunes e Marçal embolados na liderança. O que podemos esperar do próximo round dessa disputa? Que os candidatos a prefeito entendam de uma vez por todas que, para administrar São Paulo, precisam, antes de tudo, respeitar os seus moradores. E que a Justiça Eleitoral compreenda que o tempo das redes sociais é muito mais veloz e, portanto, suas respostas aos descalabros da campanha precisam ser cada vez mais rápidas.
Fonte: @ Estadão
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