A Polícia Federal afirma que o general financiou ação-crime e investigadores suspeitam que ele também tenha tentado obter informações sigilosas sobre a delação-premiada de Mauro Cid, junto com o pai do ex-assessor de Bolsonaro, através de forças-especiais e da operação contragolpe.
Ao pedir a prisão do general do Walter Braga Netto, a Polícia Federal (PF) apontou que ele teria financiado uma tentativa de golpe que visa a matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo a PF, Braga Netto teria entregue recursos em uma sacola de vinho para que os golpistas atuassem em novas tentativas de golpe.
A Polícia Federal (PF) considera que a ação de Braga Netto se enquadra no crime de financiamento de golpe, que visa a destabilizar o país. Com isso, a PF solicita a prisão do general Walter Braga Netto, com a justificativa de que ele deu suporte financeiro a uma organização criminosa que visa a realizar golpes políticos, incluindo a morte do presidente da República.
RESCALDAR O GOLPE
A informação central foi repassada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, em sua participação voluntária na colaboração premiada, facilitando a obtenção de informações sobre a tentativa de crime.
Braga Netto atuou diretamente no financiamento das ações-crime, fornecendo recursos financeiros a partir de uma sacola de vinho, evidenciando sua influência na execução dos atos criminosos, afirma a PF. A PF não conseguiu identificar quem poderia ter fornecido o dinheiro.
O dinheiro teria sido entregue ao major Rafael Martins de Oliveira, preso na Operação Contragolpe, e serviria para o financiamento das despesas necessárias a realização da operação-crime, com o objetivo de fortalecer a ação-crime.
Em depoimento, Mauro Cid afirmou, segundo o próprio Braga Netto, o dinheiro ‘havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio’, ratificando a força do golpe. A Polícia Federal não identifica quem teria enviado o dinheiro.
O ex-ministro Braga Netto foi preso pela PF, neste sábado, no inquérito do golpe-crime. Além disso, a casa do ex-ministro, em Brasília, teria sido usada para planejar a missão golpista, em novembro de 2022. O general é apontado como um interlocutor dos kids pretos com o Palácio do Planalto.
Fonte: @ Estadão
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