Ação contra ex-coach do PRTB por suposto laudo médico falso de deputado federal tramita no Ministério Público após publicação em rede social.
O deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, buscou a Justiça no último sábado, 6, para solicitar a suspensão imediata das redes sociais do seu adversário, Pablo Marçal (PRTB), após uma publicação que apresentava um suposto laudo que apontava o uso de cocaína pelo deputado federal.
Essa medida foi tomada após a publicação ter gerado grande repercussão nas redes sociais e ter sido considerada uma tentativa de difamação. A Justiça deve agora analisar o pedido e decidir se as redes sociais de Pablo Marçal devem ser suspensas. O caso pode ser levado ao Tribunal se necessário, onde a Magistratura terá a última palavra sobre a questão. A verdade deve ser revelada e a Justiça deve ser feita.
Justiça Eleitoral é acionada contra Marçal por suposto documento falso
Os advogados do deputado federal Boulos solicitaram à Justiça a suspensão das redes sociais de Marçal, que já estão provisoriamente bloqueadas após uma ação apontar para a suposta monetização das contas oficiais. Além disso, eles pedem o envio dos autos para o Ministério Público Eleitoral (MPE) para apurar a falsificação de documento e aplicar uma multa de R$ 30 mil ao final da ação.
A imagem de Marçal em seu perfil no Instagram, que foi removida da rede social cerca de uma hora após a publicação, apresenta um suposto receituário médico que alegaria um encaminhamento de Boulos para uma emergência psiquiátrica em 2021, por uso de cocaína. No entanto, os advogados de Boulos afirmaram que o documento é falso e foi criado para tumultuar a normalidade do pleito eleitoral.
Documento falso e invenção criminosa
A ação apresentada à Justiça Eleitoral às 3h51 deste sábado afirma que o documento de Marçal é uma invenção criminosa criada para prejudicar a campanha de Boulos. Os advogados Francisco Prado Filho e Danilo de Morais afirmaram que o documento é falso e que a história de que Boulos usaria cocaína foi alvo de 12 ações na Justiça Eleitoral desde o debate da TV Band, quando Marçal fez a primeira insinuação pública.
A criação da história de que Boulos usaria cocaína foi uma tentativa de vincular a imagem do representante ao uso de substâncias entorpecentes, tumultuando o pleito e atentando contra a normalidade do processo democrático às vésperas do pleito eleitoral. Além disso, os advogados pedem que o Tribunal tome medidas para garantir a integridade do processo eleitoral e proteger a reputação de Boulos.
Falsificação de documentos e condenação
Luiz Teixeira da Silva Junior, o dono da clínica Mais Consulta, que aparece no documento de Marçal, foi condenado pela Justiça Federal por falsificar documentos para obter registro profissional no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal em 19 de dezembro de 2017 por falsificar um diploma de graduação em Medicina e uma ata de colação de grau para requerer inscrição no CRM.
A Corte deve considerar a gravidade da situação e tomar medidas para garantir que a Justiça seja feita. A Magistratura deve ser imparcial e garantir que os direitos de todos os envolvidos sejam respeitados. A rede social deve ser responsável por garantir que as informações publicadas sejam verdadeiras e não causem danos a terceiros.
Fonte: @ Estadão
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