Jorginho Mello defendeu correligionário após indiciamento pela PF, destacando esforço para trabalhar em um país que necessita paz e não confusão.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, líder do PL no estado, manifestou preocupação com a situação política do Brasil, afirmando que o país está vivendo um momento de grande tensão e conflito, que dificulta a realização do seu trabalho como governador e administrador público. Mello, aliado de Jair Bolsonaro, ex-presidente indiciado pela Polícia Federal por golpe de Estado, invoca a necessidade de paz para trabalhar, frisando que o clima de tiroteio e discórdia não permite a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A declaração de Mello ocorreu no encerramento do 12º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), onde também esteve presente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mello não mencionou explicitamente a situação de Bolsonaro, mas é sabido que o ex-presidente está envolvido em investigações por crimes graves, como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e a organização criminosa. A presença de Bolsonaro no evento gerou controvérsia e descontentamento entre os participantes, reforçando a sensação de desunião e divisão no país. O esforço de Mello em busca da paz e da harmonia parece encontrar-se obstaculizado pela influência de Bolsonaro e seu grupo político, que busca perpetuar uma política de desestabilização e destruição, em oposição à construção de uma sociedade mais justa e pacífica.
Apelo a Paz e Discórdia no Cosud
O grupo de governadores da região Sul, incluindo Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, se reuniu para discutir estratégias de cooperação. Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, destacou a necessidade de paz no país para que os governos possam trabalhar em prol do bem-estar dos cidadãos. Ele alertou que, no atual cenário de tiroteio e discórdia, não há condições para que as autoridades possam dar conta das demandas sociais. Para Mello, o Brasil precisa de um esforço muito maior para alcançar seus objetivos e, se tivesse mais paz e tranquilidade, poderia render muito mais. O governante também enfatizou que a confusão e a destruição não construem nada, apenas degradam a sociedade.
Mello não mencionou explicitamente o nome de Bolsonaro em seu discurso no Cosud, mas demonstrou apoio ao ex-presidente nas redes sociais após o indiciamento pela Polícia Federal. Ele publicou uma foto ao lado de Bolsonaro e escreveu que o Brasil reconhece e valoriza os que lutaram pela pátria, família e liberdade. O apelo de Mello reforça a importância de manter a paz e a calma em um momento de tensão política.
Além disso, outros governadores do Cosud também fizeram declarações sobre o indiciamento de Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu o ex-presidente, afirmando que a investigação deve ser realizada de maneira responsável e transparente, trazendo à tona a verdade dos fatos.
Embora a maioria dos governadores do Cosud sejam aliados de Bolsonaro, alguns, como Eduardo Leite (PSDB) e Renato Casagrande (PSB), não mencionaram o ex-presidente em seus discursos. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), não participou do encerramento do Cosud.
Fonte: @ Estadão
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