Uso da tecnologia pode causar grandes impactos no mercado de trabalho, aumentando desigualdades, avalia especialista da Primeira Turma da Corte, em tempo de análise.
O ministro Luiz Alberto Gurgel de Faria, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), abandonou a sessão da Primeira Turma da Corte na terça-feira, 17, em protesto contra a decisão da colega, ministra Regina Helena Costa, que insistiu em ler o voto em um processo que teve pedido de vista e não seria julgado na sessão. Essa atitude do ministro demonstrou sua insatisfação com a condução da sessão.
Em um momento de tensão, o ministro interrompeu a ministra e questionou: “Senhor presidente, mas vai ler o voto?” Essa pergunta foi um claro sinal de desacordo com a decisão da colega. A atitude do ministro foi vista como uma forma de protesto contra a decisão da ministra, que, como magistrado, tinha o direito de ler o voto, mas não era o momento apropriado. A situação gerou um clima de tensão na sessão, que foi abandonada pelo ministro em sinal de desaprovação. A decisão da ministra foi vista como uma tentativa de forçar a barra.
Incidente no STJ
O Ministro Gurgel de Faria pediu vista durante uma sessão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), após uma discussão com a Juiz Regina Helena Costa. Ele afirmou que os colegas iriam ‘esquecer’ o teor do voto e insistiu que a leitura não era necessária, pois o voto já estava disponível no sistema. A Magistrado Regina Helena, no entanto, insistiu em fazer a leitura, o que levou o Ministro Gurgel de Faria a pedir licença e se ausentar da sessão.
A Autoridade Regina Helena expressou surpresa com a reação do colega, afirmando que o tema em discussão não era banal e que gostaria de ler seu voto naquele momento, e não mais tarde, quando o voto-vista fosse apresentado. O incidente ocorreu às 15h45.
Nota de Esclarecimento
Após o incidente, o gabinete do Ministro Gurgel de Faria divulgou uma nota em que ele lamentou a divergência e afirmou ter tido a oportunidade de conversar e se desculpar pessoalmente com a colega após a sessão. Na nota, ele afirmou que tem ‘respeito e admiração’ pela Juiz Regina Helena, com quem construiu um relacionamento de amizade e de convívio gentil e pacífico desde que iniciaram o trabalho no Superior Tribunal de Justiça, há mais de dez anos. O Ministro Gurgel de Faria renovou seu pedido de sincera escusa pela forma equivocada com que se dirigiu à Magistrado Regina Helena.
Fonte: @ Estadão
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