Exportadores enfrentam gargalos logísticos, acumulando R$ 5,9 milhões em prejuízos com custos extras no Porto de Santos, apesar do bom volume embarcado, segundo o Conselho dos Exportadores.
No mês de setembro, as exportações de café enfrentaram um grande desafio nos principais portos do Brasil. De acordo com o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 69% dos navios, ou 190 de um total de 277 embarcações, tiveram alteração de escalas ou atraso para realizar as exportações.
Esse cenário afeta diretamente o comércio exterior do país, pois as vendas internacionais de café são fundamentais para a economia brasileira. Além disso, os atrasos e alterações de escalas podem impactar negativamente os negócios internacionais do setor, levando a perdas financeiras e danos à reputação dos exportadores. É essencial que sejam tomadas medidas para melhorar a eficiência e a agilidade nos portos, garantindo que as exportações sejam realizadas de forma rápida e segura.
Exportações: Desafios no Porto de Santos
O Porto de Santos, principal terminal escoador dos cafés brasileiros ao exterior, enfrenta desafios significativos em relação ao tempo de espera para a exportação de cargas. De acordo com um levantamento, o maior prazo de espera foi de 38 dias entre a abertura do primeiro e do último navio no mês passado. Além disso, o índice de atraso de porta-contêineres foi de 84%, o que envolveu 108 do total de 129 embarcações.
Esses atrasos têm um impacto significativo nas Exportações do país, afetando a capacidade de atender às demandas do Comércio exterior. Além disso, os Vendas internacionais são prejudicadas pela falta de infraestrutura portuária adequada para cargas conteinerizadas.
O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, comenta que ‘o nível de navios que tiveram janela aberta por menos de 48 horas alcançou seu pior índice desde janeiro de 2023, quando começamos o levantamento, e, mais preocupante ainda é o fato de que 42 navios sequer tiveram abertura de gate, ampliando o cenário de custos extras e elevados aos exportadores’.
Impactos nos Negócios internacionais
Os atrasos no Porto de Santos também afetam os Negócios internacionais do país. De acordo com o levantamento, os elevados índices de atrasos e alterações frequentes de escala de navios para exportação causaram o acúmulo de 2,155 milhões de sacas (6.529 contêineres) de café não embarcadas até setembro deste ano.
Isso implica que o país deixou de receber US$ 580,55 milhões, ou R$ 3,217 bilhões, como receita cambial. Além disso, os exportadores do grão vêm acumulando um custo extra de R$ 5,938 milhões, devido a armazenagens adicionais, pré- e antecipado, ocasionado pelos elevados índices de atraso e alterações regulares nas escalas das embarcações.
O Boletim do Cecafé destaca que os portos brasileiros não evoluíram na mesma velocidade do agro e se encontram com estruturas inadequadas para cargas conteinerizadas, expondo o esgotamento da infraestrutura e a necessidade de ampliação da capacidade de pátio, berço e do aprofundamento de canais.
A Detention Zero, um projeto que visa reduzir os atrasos nos portos, é uma iniciativa importante para melhorar a eficiência das Exportações do país. No entanto, é necessário que os portos brasileiros invistam em infraestrutura e tecnologia para atender às demandas do Comércio exterior e dos Negócios internacionais.
O Conselho dos Exportadores também destaca a importância de melhorar a infraestrutura portuária para aumentar a competitividade das Exportações brasileiras. A Colheita lenta e a oferta restrita de café também são fatores que afetam as Exportações do país.
Em resumo, os atrasos no Porto de Santos e a falta de infraestrutura portuária adequada são desafios significativos para as Exportações do país. É necessário que os portos brasileiros invistam em infraestrutura e tecnologia para atender às demandas do Comércio exterior e dos Negócios internacionais.
Fonte: @ Estadão
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