Em portos do Brasil, 167 navios com café tiveram atrasos, conforme Cecafé.
São Paulo, 16 – A quantidade de cafés exportados em julho aumentou significativamente, com 60% das embarcações enfrentando atrasos nos principais portos do Brasil, totalizando 167 navios de um total de 277. O Porto de Santos (SP) foi o mais afetado, com um prazo de espera de 55 dias entre a abertura do primeiro e do último deadline.
Os grãos de café, essenciais para a produção da popular bebida quente, continuam sendo um dos principais produtos de exportação do Brasil. O grão torrado brasileiro é reconhecido mundialmente pela sua qualidade e sabor único, atraindo consumidores de diversas partes do mundo.
Cafés: Exportação e Desafios Logísticos
O Brasil, conhecido por sua produção exuberante de cafés, enfrenta desafios logísticos que afetam diretamente os exportadores. No Boletim Detention Zero (DTZ), uma parceria entre a startup ElloX e o Cecafé, os dados revelam que o Porto de Santos, ponto crucial na exportação de cafés brasileiros, enfrentou atrasos significativos.
Em julho, o terminal santista registrou um índice alarmante de 77% de atrasos em porta-contêineres, afetando 105 das 136 embarcações destinadas ao transporte dos grãos. Já no complexo portuário do Rio de Janeiro, o segundo maior exportador de cafés do Brasil, o índice de atrasos atingiu 60%, envolvendo 43 das 72 embarcações programadas.
Esses atrasos resultaram em prejuízos consideráveis para os exportadores. Apenas em julho, o Brasil deixou de exportar 1,262 milhão de sacas de café devido a alterações de escalas, rolagens de carga e falta de disponibilidade de contêineres. Isso representou uma perda de US$ 313 milhões, ou R$ 1,735 bilhão, nas divisas do país.
O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, destacou a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura portuária para evitar custos extras e atrasos. Ele ressaltou que a lotação dos pátios dos terminais portuários tem impactado diretamente o tempo de espera das embarcações, prejudicando as exportações diárias.
Diante desse cenário, é fundamental que medidas sejam tomadas para evitar que os atrasos persistam e causem mais prejuízos ao setor exportador. A ampliação da capacidade física de armazenamento de contêineres nos portos é essencial para garantir o fluxo eficiente das exportações de cafés e demais produtos.
Fonte: @ Estadão
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