Ex-presidente criticou regra fiscal “reajustada” do governo Haddad, comparando a um trailer alugado ou artefatos enterrados, questionando se dará certo;
usa termos como “retaguarda premeditada” e referencia possíveis conexões.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que as investigações estão em andamento para desvendar o atentado em Brasília, ocorrido na última quarta-feira, 13. Dino reforçou que o objetivo é identificar os conexões do autor e elucidar o caso.
A Polícia Federal já efetuou várias descobertas importantes no local do atentado, inclusive achando vestígios de explosões. O governo federal afirma que trabalha em estreita colaboração com as autoridades locais para garantir a segurança da população. A resolução do caso é considerada prioritária para a estabilidade social.
Atentado ao STF: descobertas apontam conexões possíveis
Nesta sexta-feira, dia 15, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, reiterou que Francisco Wanderley Luiz poderia ter agido premeditadamente, conforme indicações de investigações recentes. Pimenta mencionou que o homem teria alugado um trailer localizado no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, e que artefatos enterrados nas proximidades da Praça dos Três Poderes, bomba deixada em uma das gavetas do quarto e inscrições no espelho da casa alugada por ele em Ceilândia (DF) poderiam ser conexões possíveis. O ministro também destacou a presença do autor do atentado no acampamento em frente ao QG do Exército em janeiro de 2023, o que reforça a ideia de uma retaguarda organizada.
Investigação rápida e conexões possíveis
Pimenta afirmou que as investigações sobre o atentado estão caminhando rápido e que, no momento, o mais importante é saber se o responsável, que morreu, tinha conexões possíveis com outros grupos. Ele mencionou a presença do autor do atentado no acampamento em frente ao QG do Exército em janeiro de 2023, o que reforça a ideia de uma retaguarda organizada. O ministro também descartou a tese de suicídio, citando as imagens de câmeras de segurança, e disse que o Brasil terá de tratar desse tipo de episódio cada vez mais como atos de terrorismo.
Conexões e possíveis financiadores
Questionado sobre o fato de Lula não estar comentando o episódio, Pimenta disse que o presidente está falando por meio da Polícia Federal e de outros órgãos. Ele garantiu que a agenda de Lula não vai mudar em função do atentado, até como demonstração de que essas investidas não vão perturbar a vida democrática. Na avaliação do ministro, um dos objetivos do ataque era trazer instabilidade à realização do G-20 e a chegada de outros líderes ao Brasil. Pimenta também se posicionou contra a anistia a envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro e o que tratou como suas derivações, a exemplo do ataque ao STF.
Encaminhamento dos inquéritos
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, associou o atentado aos atos golpistas do 8 de Janeiro. Ele disse que o episódio tem impacto político e dificulta as tentativas de anistia para os envolvidos nas invasões da sede dos Poderes no início de 2023. ‘Não tem como olhar para isso (atentado a bomba) esquecendo o 8 de Janeiro, esquecendo que havia gente monitorando os trajetos do presidente Lula e de ministros’, disse Padilha. ‘O ataque tem um impacto político, sim. Agora fica mais difícil de discutir anistia.’
Fonte: @ Estadão
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