O dólar não é exclusividade brasileira, mas condições locais agravam a deterioração do real, explica economista-chefe do C6 Bank, citando pesquisados e a falta de anistia para golpistas de 64, que prejudica a estabilidade econômica para os participantes da sociedade.
BRASÍLIA – Numa sociedade que busca a reconciliação, ainda que por decisão do poder judiciário, anistia pode ser uma saída para os acusados dos atos golpistas de 8 de janeiro, todavia, a pesquisa Datafolha revela que 62% dos brasileiros não estão de acordo com a ideia de uma anistia.
A opinião pública é contrária a uma possível anistia aos participantes dos atos golpistas, e não há consenso em que isso possa ser aceito, podendo até mesmo ser vista como um gesto de indenização para os envolvidos. Além disso, a ideia de uma possível perdão para aqueles que participaram dos atos também não é bem vista pela população. Em alguns casos, isenção de penas pode ser considerada como uma alternativa, mas a discussão é complexa e envolve muitos fatores. A população brasileira precisa entender melhor a proposta e suas conseqüências antes de emitir uma opinião mais afirmativa.
Anistia: a Política que divide os brasileiros
No contexto da política brasileira, a anistia para os golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 continua a ser um tema extremamente polarizante. Recentemente, uma pesquisa do Datafolha ouviu 2.002 brasileiros maiores de 16 anos em 147 municípios do país e revelou que 62% da população é contra a anistia, enquanto 33% apoiam a medida. Outros 4% não souberam responder e apenas 1% se mostrou indiferente. Esses resultados sugerem que a opinião pública brasileira está dividida entre aqueles que defendem a punição para os golpistas e aqueles que consideram a anistia como uma forma de pacificar o país.
A pesquisa do Datafolha também revelou que a opinião sobre a anistia varia de acordo com o sexo, idade, classe social e religião. Por exemplo, os homens são mais propensos a apoiar a anistia (37%), enquanto as mulheres são mais contra (64%). Além disso, os grupos que mais defendem a anistia são os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 (45%), os assalariados sem registro (38%), os empresários (37%) e os evangélicos (37%). Por outro lado, os que mais rejeitam a extinção das punições aos golpistas são os que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 (72%), os funcionários públicos (68%), os estudantes (68%) e os desempregados (67%).
A anistia é um dos temas cruciais dos políticos bolsonaristas para o ano de 2025. Além de extinguir as penas dos participantes da tentativa de golpe, eles pretendem encontrar uma alternativa que permita a participação de Bolsonaro na eleição presidencial de 2026. O ex-presidente está inelegível até 2030 após julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizado em junho.
Em uma declaração recente, Bolsonaro fez um apelo a Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, exigindo que eles aceitem uma anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. Para o ex-presidente, a medida é essencial para ‘pacificar’ o país. ‘Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica’, afirmou Bolsonaro.
No entanto, a proposta de lei que busca anistiar os golpistas e beneficiar Bolsonaro está travada na Câmara dos Deputados. A tramitação, que já enfrentava obstáculos devido à controvérsia do tema, ficou ainda mais difícil após o indiciamento do ex-presidente no relatório final da Polícia Federal (PF). De acordo com o Datafolha, a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e o índice de confiabilidade é de 95%. Esses resultados indicam que os brasileiros estão divididos sobre a anistia e a punição para os golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.
Indenização e Perdão: a discussão continua
A discussão sobre a anistia também envolve a possibilidade de indenização e perdão para os golpistas. Alguns argumentam que a anistia deve incluir a indenização para os participantes da tentativa de golpe, enquanto outros defendem que os golpistas devem ser punidos e indenizados apenas se forem considerados inocentes ou se houver provas de que não foram envolvidos diretamente na tentativa de golpe.
A discussão sobre a anistia também envolve a questão da isenção. Alguns argumentam que a anistia deve ser oferecida apenas para aqueles que não tiveram um papel ativo na tentativa de golpe, enquanto outros defendem que a anistia deve ser oferecida para todos os envolvidos, incluindo os que tiveram um papel ativo.
Participantes e Golpistas: a responsabilidade
A responsabilidade dos participantes e golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 é um tema controverso. Alguns argumentam que os participantes da tentativa de golpe devem ser punidos por suas ações, enquanto outros defendem que a anistia deve ser oferecida para todos os envolvidos, incluindo os que tiveram um papel ativo na tentativa de golpe.
A pesquisa do Datafolha também revelou que a opinião sobre a anistia varia de acordo com a percepção da responsabilidade dos participantes e golpistas. Por exemplo, os que consideram os participantes da tentativa de golpe como responsáveis por suas ações são mais propensos a rejeitar a anistia (72%), enquanto os que consideram os participantes como não responsáveis são mais propensos a apoiar a anistia (37%).
Os Golpistas e a Lei
A discussão sobre a anistia também envolve a questão da lei. Alguns argumentam que a anistia deve ser oferecida apenas se houver uma mudança na lei que permita a anistia, enquanto outros defendem que a anistia deve ser oferecida independentemente da lei.
A pesquisa do Datafolha também revelou que a opinião sobre a anistia varia de acordo com a percepção da lei. Por exemplo, os que consideram a lei como justa e equitativa são mais propensos a rejeitar a anistia (68%), enquanto os que consideram a lei como injusta e arbitrária são mais propensos a apoiar a anistia (37%).
A Anistia e a Democracia
A anistia também é um tema controverso no contexto da democracia brasileira. Alguns argumentam que a anistia é uma forma de promover a reconciliação e a paz no país, enquanto outros defendem que a anistia é uma forma de permitir a impunidade e a reincidência de crimes políticos e eleitorais.
A pesquisa do Datafolha também revelou que a opinião sobre a anistia varia de acordo com a percepção da democracia. Por exemplo, os que consideram a democracia como uma forma de governo justa e equitativa são mais propensos a rejeitar a anistia (72%), enquanto os que consideram a democracia como uma forma de governo injusta e arbitrária são mais propensos a apoiar a anistia (37%).
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo