Marçal, estrela dos eventos, ficou apagado ao ser isolado, enquanto o prefeito e o candidato do PSOL protagonizavam embates mais relevantes, seguindo regras duras e uma estratégia mais sensível, com mudanças de postura e linha definida.
No debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo na Record, não houve um candidato que se destacou de forma significativa, seja para o bem ou para o mal. No entanto, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos foram os principais alvos dos demais candidatos e protagonistas dos embates mais intensos, embora de forma mais moderada do que nas ocasiões anteriores.
O debate foi marcado por uma discussão acalorada entre os candidatos, com cada um tentando se destacar e apresentar suas propostas para a cidade. Embora não tenha havido um confronto direto entre os candidatos, a tensão foi palpável em alguns momentos, especialmente quando Ricardo Nunes e Guilherme Boulos foram questionados sobre suas políticas e propostas. No final, o debate foi uma oportunidade para os candidatos se apresentarem e discutirem suas ideias, mas também deixou claro que a discussão ainda está longe de terminar. A escolha do próximo prefeito de São Paulo ainda é incerta.
Debate: Mudanças de Postura e Estratégias
O último debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo trouxe mudanças significativas nas posturas de alguns concorrentes. Pablo Marçal, que anteriormente era conhecido por sua postura belicosa, tentou apresentar uma imagem mais amena, mas acabou isolado e apagado. Seu alvo principal foi Ricardo Nunes, mas ele evitou passar do ponto e conceder direitos de resposta aos adversários.
Marçal tentou cruzar a linha definida por regras duras apenas uma vez, quando chamou Guilherme Boulos de ‘Boules’, simulando ter sido sem querer. Ele perdeu 30 segundos nas considerações finais e, dali para frente, não ousou mais. No entanto, ele continuou a usar artimanhas, como tentar confundir o eleitor sobre o número de Guilherme Boulos.
A postura mais amena de Marçal busca o voto indeciso, concentrado sobretudo nas mulheres e nos eleitores de baixa renda e baixa escolaridade, que têm na TV uma importante fonte de informação sobre os candidatos. No entanto, essa estratégia fez com que ele perdesse o domínio na internet durante o confronto.
Debate: Confronto e Encontro de Estratégias
Tabata Amaral foi a que mostrou mudança mais sensível na estratégia. Ela começou mirando em Boulos pela primeira vez, em busca de fustigá-lo e tentar evitar que um eleitor mais moderado à esquerda migre para a candidatura dele. Ela também apostou mais no apelo emocional, enfatizando a relação com as pessoas ao longo da campanha, a coragem, a fé e a energia que pode demonstrar como prefeita.
José Luiz Datena também mudou sua estratégia, evitando cair em provocações e diminuindo o tom contra o prefeito Ricardo Nunes. Ele chegou a dizer que, a pedido do emedebista, não trataria das questões pessoais.
Marina Helena, por outro lado, não mudou sua estratégia, discutindo ideologia e temas nacionais, pois, embora formalmente candidata a prefeito, faz campanha para deputada federal daqui a dois anos.
O debate recolocou o foco em Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, aqueles que lideravam as pesquisas lá atrás, que sempre contaram com segundo turno, que sofreram com o furacão chamado Pablo Marçal e que, agora, levam rasa vantagem na reta final da campanha. Os dois foram fustigados, o prefeito um pouco mais do que o petista.
Fonte: @ Estadão
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