Comunicado da OMS alerta sobre risco de morte por falsificações do remédio para obesidade Mounjaro.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recentemente emitiu um alerta sobre o aumento significativo de falsificações do Ozempic, remédio utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e, de maneira não oficial, no controle da obesidade. A preocupação com as falsificações tem crescido, levando a Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, a também se pronunciar sobre o problema.
As versões falsas de produtos farmacêuticos, como o medicamento falsificado Ozempic, representam um risco à saúde pública. É essencial que os consumidores estejam atentos para evitar adquirir produtos falsos que possam comprometer seu tratamento. A luta contra a falsificação de medicamentos é uma batalha contínua que requer a colaboração de todos os envolvidos.
Alerta sobre falsificações de medicamentos para obesidade
O comunicado recente sobre o controle de falsificações de remédios para obesidade revelou que o Mounjaro, um medicamento específico, está crescendo em número de produtos falsificados. A fabricante do Mounjaro, preocupada com a segurança dos consumidores, emitiu um comunicado em que alerta sobre o aumento das falsificações.
A preocupação com as versões falsas do medicamento é justificada, pois alguns produtos falsos analisados continham bactérias, altos níveis de impurezas e cores diferentes, como rosa, em vez de incolor. Em casos extremos, a estrutura química dos produtos falsificados era completamente diferente do medicamento original.
A fabricante do Mounjaro destacou que a esterilidade do medicamento é crucial, uma vez que é administrado por via subcutânea. Portanto, a segurança dos pacientes é uma prioridade. Em um caso alarmante, um dos produtos falsificados era simplesmente álcool, o que representa um risco grave para a saúde dos consumidores.
O aviso sobre as falsificações do Mounjaro foi motivado por denúncias recebidas pela entidade responsável e por médicos associados. A venda de produtos falsos pela internet e versões manipuladas do princípio ativo do Mounjaro tem sido uma preocupação crescente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta em junho sobre a venda de versões falsificadas do medicamento. A entidade apreendeu lotes falsos do produto no Brasil em outubro de 2023. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também realizou ações de fiscalização em janeiro deste ano relacionadas à falsificação do Mounjaro.
Os lotes identificados como falsos foram o MP5A064, com validade até 10/2025, embalagem em espanhol indicando concentração de 1,34 mg/mL; LP6F832, com validade até 11/2025; e MP5C960, com embalagem em espanhol indicando concentração de 1 mg.
Diante das denúncias, tanto a Novo Nordisk quanto a Eli Lilly reforçaram que não fornecem o princípio ativo do Mounjaro para farmácias de manipulação ou outras empresas. Também ressaltaram que não existem versões em gotas, pastilhas ou comprimidos do medicamento.
As empresas alertaram sobre os riscos de produtos falsificados, enfatizando que a segurança e eficácia do Mounjaro não foram avaliadas em administrações orais ou nasais. Falsificações podem comprometer o tratamento adequado de pacientes com diabetes, causando dosagens incorretas e efeitos adversos.
A FDA nos Estados Unidos já recebeu relatos de efeitos adversos causados por versões manipuladas do Mounjaro. Produtos falsificados contendo ativos não seguros podem representar um perigo para a saúde dos consumidores. Portanto, é essencial estar atento à procedência e autenticidade dos medicamentos para obesidade, evitando riscos desnecessários.
Fonte: @ Estadão
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