Em ‘Sonny Boy’, o ator de 84 anos supera a timidez e compartilha histórias fascinantes de sua vida pessoal e obra cinematográfica, incluindo pobreza extrema, transtornos mentais e gravações tensas.
Em uma entrevista inédita, o lendário Al Pacino compartilhou detalhes íntimos de sua vida e carreira, revelando um lado mais vulnerável do astro que conquistou o coração do público com suas atuações icônicas.
Considerado por muitos como o maior ator vivo, Al Pacino não hesitou em falar sobre suas experiências e desafios, mostrando que mesmo um astro de sua magnitude pode ser vulnerável e sensível. A honestidade é a chave para o sucesso e, sem dúvida, Al Pacino é um exemplo disso, tendo construído uma carreira de sucesso ao longo dos anos com suas atuações memoráveis.
Al Pacino: Uma Vida de Luta e Glória
Al Pacino, o lendário ator de 84 anos, finalmente rompeu seu silêncio e compartilhou sua história em sua autobiografia ‘Sonny Boy (Rocco)’, lançada em 15 de outubro. Neste livro, Al Pacino, astro de Hollywood, revela sua jornada de vida, desde a infância marcada pela pobreza extrema no violento bairro do Bronx, em Nova York, até se tornar um dos atores mais respeitados da indústria cinematográfica.
Nascido em 1940, filho de pais separados, Alfredo James Pacino enfrentou desafios desde cedo. Sua mãe, que sofria com transtornos mentais, tentou suicídio e morreu quando ele tinha apenas 22 anos. A pobreza extrema foi uma constante em sua vida, e ele chegou a desmaiar de fome em certa ocasião. No entanto, foi sua mãe quem cunhou seu apelido de infância, ‘Sonny Boy’, após ouvir a expressão em um filme dos anos 40.
Do Bronx ao Estrelato
Aos 25 anos, Al Pacino acumulou uma série de empregos, incluindo faxineiro e lanterninha, antes de se firmar no ramo da atuação. Ele fez peças escolares e chamou a atenção de colegas e professores, que viam futuro no garoto. No entanto, seu comportamento insolente e autossabotador parecia distanciar esse futuro. Foi apenas após se destacar nos teatros do Bronx que ele recebeu a ligação que mudou sua vida: do jovem diretor Francis Ford Coppola, convidando-o a interpretar o emblemático mafioso Michael Corleone na adaptação de ‘O Poderoso Chefão’.
‘Conseguir um papel num filme já é um milagre. Oportunidades assim não existem para você. Parecia absurdo. (…) Comecei a duvidar que fosse ele [Coppola] mesmo no telefone. Talvez eu estivesse tendo uma crise nervosa. Quem era eu para aquilo cair no meu colo?’, escreve o ator, que de fato não era ninguém no show business e estava longe de Hollywood.
Gravações Tensas e Sucesso
O estúdio responsável não o queria no filme e cobiçava nomes mais populares como Jack Nicholson, Warren Beatty ou Robert Redford. A Paramount, na verdade, havia rejeitado todos os nomes escolhidos por Coppola. ‘Rejeitaram [Marlon] Brando, pelo amor de Deus’, esbraveja. No entanto, a galhardia do cineasta prevaleceu, e ele contratou seu elenco e rodou um filme cujas gravações foram tensas do início ao fim. Pacino relata vários ‘desconfortos’ nas primeiras semanas de produção.
Fonte: @ Estadão
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