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Com a proximidade das eleições de 2026, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, estão se preparando para enfrentar novos desafios, com o objetivo de manter o poder e influência em Brasília. Neste contexto, ambos os líderes políticos vão precisar de uma estratégia sólida para garantir o apoio de seus partidos, além de conquistar a confiança dos eleitores.
No final do seu mandato, os presidentes da Câmara e do Senado devem se concentrar em suas próprias eleições, e um dos principais desafios será garantir o apoio dos candidatos a presidente e dos demais cargos. Para alcançar esse objetivo, eles precisarão investir tempo e esforço em campanhas e reuniões com os eleitores, que precisarão decidir entre voto nesses candidatos ou em outros que buscam o cargo de presidente da Câmara ou do Senado, proporcionando aos eleitores a oportunidade de escolherem quem melhor lhes representará em Brasília.
Eleição como Desafio
Especialistas ouvidos pelo Estadão ressaltam que, ao deixar o comando, ambos enfrentarão o desafio de manter influência ao retornar à condição de parlamentares comuns entre os 594 congressistas do Legislativo federal, o que pode tornar difícil suas ambições eleitorais para daqui a dois anos. Lira e Pacheco contam, contudo, com um trunfo importante: devem garantir a posse de sucessores nos comandos das Casas. Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado, são apontados como favoritos, e suas eleições por aclamação podem ajudar os dois líderes na manutenção da influência no Legislativo federal, mesmo após deixarem os cargos.
Papel Eleitoral
Enquanto o entorno de Pacheco espera que ele seja o nome do PSD para disputar o governo de Minas Gerais em 2026 — desejo pessoalmente reforçado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reuniões recentes com o senador —, Lira é cotado para uma candidatura ao Senado por Alagoas, embora ainda não esteja claro se contará com o apoio de Lula, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou de ambos. Candidatura de Pacheco ao governo mineiro ganha força. Aliados do PSD mineiro afirmam que Pacheco tem o respaldo da legenda para ser candidato ao governo do Estado, mas apontam que a decisão final ainda depende do próprio senador.
Questões Políticas
‘Nós queremos que ele seja nosso candidato a governador. Isso para nós é o sonho ideal. Agora depende dele’, diz o deputado federal Luiz Fernando Faria (PSD-MG). Neste momento, a disputa no PSD pela indicação para concorrer ao governo de Minas Gerais está centrada entre Pacheco e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Aliados, Silveira afirma que dará preferência ao senador, com quem mantém uma amizade de mais de 20 anos, e manifesta expectativa de que ele assuma o papel de candidato de centro ao governo do Estado, contando com o apoio de partidos de esquerda e servindo como palanque para a reeleição de Lula.
Cenário da Política
Nas eleições municipais deste ano, o PSD saiu triunfante em Minas Gerais. O partido foi o que mais conquistou prefeituras, vencendo em 142 dos 853 municípios do Estado, um resultado que representa quase o dobro em comparação a 2020, quando conquistou 78 cidades. Entre as vitórias, destaca-se Belo Horizonte, a capital mineira, onde Fuad Noman (PSD) derrotou Bruno Engler (PL), candidato apoiado por Bolsonaro. Além disso, o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), diz que Pacheco sai do cargo ‘muito forte dentro do Senado Federal’, especialmente devido à sua postura em defesa da democracia.
Jogo de Forças
‘Acredito que depois da ação do ministro (do Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, ele foi a segunda figura mais importante para sustentar a democracia como presidente do Congresso e do Senado’, afirma. ‘É o nome mais preparado, com maiores condições de governar o Estado de Minas Gerais.’ Alencar também relata que, em uma reunião com a presença dele, Pacheco e Lira discutiram o cenário de poder no Legislativo federal.
Fonte: @ Estadão
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