Produções similares a novelas apresentam reviravoltas e exploram relações interpessoais, como a luta pelos direitos das mulheres negras.
Educadora, jornalista, escritora e feminista negra, Anielle Franco se descreve como mãe de meninas, doutoranda e diretora do Instituto Marielle Franco em seu perfil no Twitter. A trajetória de Anielle Franco é marcada por um forte compromisso com a luta por justiça e igualdade.
Além de ser uma referência como ativista, Anielle também ocupa o cargo de ministra, onde continua sua missão de promover mudanças significativas na sociedade. Anielle Franco é uma voz poderosa que inspira muitos, e sua dedicação à causa é admirável. A luta de Anielle é um exemplo de perseverança e determinação.
Anielle Franco: Uma Nova Era na Igualdade Racial
Aos 37 anos, Anielle Franco, agora ministra da Igualdade Racial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, acrescenta um novo e significativo título ao seu já admirável currículo. O convite para essa posição surpreendeu não apenas a todos ao seu redor, mas também a própria Anielle. A ‘feminista preta’ havia sido parte do grupo técnico da transição que tratava das questões relacionadas às mulheres e era uma forte candidata para assumir essa pasta. Um ajuste nas estratégias ministeriais de Lula conferiu a Anielle um papel ainda mais destacado na luta racial, uma área com a qual ela já tinha profunda conexão.
A Luta pelos Direitos das Mulheres Negras
Anielle Franco, que se refere a si mesma como ‘cria da Maré’, destaca sua origem no Complexo da Maré, um conjunto de comunidades na zona norte do Rio de Janeiro. Ela se tornou uma voz essencial na defesa dos direitos das mulheres negras e periféricas, especialmente após assumir a diretoria do Instituto Marielle Franco, fundado imediatamente após o trágico assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle, em 2018. O crime, que também levou à morte do motorista Anderson Gomes, permanece sem solução até hoje.
Legado de Marielle e a Transição de Governo
Ao aceitar o convite para fazer parte da equipe de transição do novo governo, Anielle expressou no Twitter: ‘Importante ressaltar que não adentro a equipe de transição sozinha, chego com o legado de Marielle e com a trajetória das mulheres negras. Isso mostra que somos muito maiores que qualquer discurso de ódio, desinformação e violências. Também é fundamental que nós, mulheres e pessoas negras, estejamos em todos os espaços de decisão de forma transversal. Somos qualificadas para estarmos em todos os ministérios e secretarias. Vamos construir o Brasil do futuro, da esperança para todas, todes e todos.’
A Formação e Influências de Anielle Franco
Nascida em 1985 no Complexo da Maré, Anielle começou sua trajetória no esporte, jogando vôlei aos oito anos e se tornando jogadora profissional, atuando em clubes como Vasco e Flamengo. Sua habilidade a levou a conquistar uma bolsa de estudos para os Estados Unidos aos 16 anos. Durante sua formação, ela teve a oportunidade de estudar em diversas instituições americanas, incluindo a Navarro College, a Louisiana Tech University, a North Carolina Central University e a Florida A&M University, sendo as duas últimas reconhecidas como instituições historicamente negras.
Educação e Formação Antirracista
Conforme seu perfil na Wikipedia, essa experiência a influenciou desde cedo a adotar uma perspectiva antirracista e a se entender como mulher negra. Durante esse período, Anielle teve contato com o trabalho de influentes pensadores negros, como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X. Ela se formou em jornalismo pela Universidade do Estado da Carolina do Norte e em inglês e literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Além disso, Anielle completou um mestrado em relações étnico-raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).
O Impacto do Assassinato de Marielle
Em 2016, Anielle estava no Rio de Janeiro como professora de inglês e começou a colaborar com sua irmã, Marielle Franco, que havia sido eleita vereadora pelo PSOL/RJ, na elaboração de discursos políticos. O assassinato de Marielle, ocorrido dois anos depois, teve um impacto profundo na vida de Anielle e em sua trajetória como ativista e agora ministra. A luta por justiça e igualdade racial se tornou ainda mais central em sua vida e em sua missão.
Fonte: @ Estadão
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