Estado registrou 315 casos da doença de mpox-janeiro a julho; em 2023, foram 88. Previsão de compra-de-novas inovações em saúde digital.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, divulgou hoje que o Estado está com falta de vacina contra mpox, também conhecida como varíola dos macacos.
Paiva ressaltou a importância da vacina como um poderoso imunizante para prevenir doenças e proteger a população.
Vacina: Importância da Imunização contra a Mpox
Segundo Paiva, a pasta enviou ofício ao Ministério da Saúde na última quinta-feira, 15, para saber se há previsão de compra de novas doses e quantas estariam à disposição de São Paulo, mas não obteve resposta até agora. ‘É crucial termos conhecimento sobre a disponibilidade desse imunizante’, afirmou ao Estadão após a inauguração do Centro Líder de Inovação em Saúde Digital.
O Estado de São Paulo registrou 315 casos de mpox entre janeiro e julho deste ano. O número é superior ao observado no mesmo período de 2023, quando foram confirmados 88 casos, mas está longe das 4.129 infecções de 2022, durante um surto da doença.
Para Paiva, o cenário ‘ainda não é alarmante’. ‘(Mas) O vírus é altamente transmissível’, ponderou o governo.
Por isso, de acordo com o secretário, o governo estadual tem capacitado profissionais para o diagnóstico da doença. O Estado de São Paulo não possui vacina contra mpox, conforme o secretário.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a responsabilidade de adquirir imunizantes é do governo federal. Aos Estados cabe a distribuição para os municípios, que são os principais responsáveis pela aplicação das vacinas.
Na quinta-feira, o ministério anunciou à imprensa que está em negociação para a compra da vacina que combate o vírus. No total, a pasta busca adquirir 25 mil doses com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo Paiva, a secretaria não foi informada oficialmente sobre essa negociação.
O Estadão solicitou um posicionamento ao ministério e irá atualizar o texto assim que houver manifestação oficial sobre o assunto.
Emergência de saúde global
A mpox foi novamente considerada uma emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última quarta-feira, 14, devido ao aumento de casos em países africanos, impulsionado por uma cepa diferente do vírus, considerada mais letal.
Até o momento, não há registro de casos da nova variante no Brasil. A vacinação contra mpox teve início em 2023, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso provisório de um imunizante conhecido como Jynneos ou Imvanex.
Diferentemente de outras vacinas, essa pode ser administrada tanto antes quanto depois do contato com alguém contaminado (pré ou pós-exposição ao vírus). Na época, a pasta explicou que, com um número limitado de doses, a vacinação pré-exposição seria destinada a pessoas vivendo com HIV e profissionais de laboratório que tivessem contato direto com o vírus.
Já a vacinação pós-exposição seria para pessoas que tivessem contato direto com fluidos e secreções corporais de casos suspeitos, prováveis ou confirmados para mpox. Em tais situações, a recomendação é que a vacina seja administrada até quatro dias após a exposição. A imunização só pode ser realizada em até 14 dias em situações excepcionais.
Sintomas
Os sintomas da doença incluem lesões na pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O período entre o contato com o vírus e o início dos sintomas varia de 3 a 16 dias. As lesões podem ser planas ou
Fonte: @ Estadão
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