Produções no Rio Grande do Sul e em São Paulo foram afetadas por enchentes, seca e declínio na safra de castanhas em meados de natal.
Com o início da temporada de festas, especialmente em volta do Natal, o consumo de nozes e castanhas tende a aumentar significativamente. Esses alimentos são tradicionalmente utilizados em receitas típicas da época, oferecendo uma variedade de opções deliciosas para os presentes.
Em 2024, a situação foi peculiar, pois inundações no Rio Grande do Sul e a seca em outras áreas importantes afetaram drasticamente a produção de nozes no país. Além disso, a falta de chuvas em algumas regiões levou a uma queda significativa na colheita de castanhas. A produção de castanhas e nozes foi severamente afetada durante essa temporada, com consequências que afetaram diretamente os pequenos produtores rurais.
Nozes: Uma Diversidade de Opções
As nozes, castanhas e produção têm sido afetadas por condições climáticas adversas, como enchentes e seca, o que impacta negativamente o custo do produtor. No Brasil, enquanto enfrentamos a seca, outros estados, como o Rio Grande do Sul, sofreram com as enchentes. Isso resultou em uma redução de produção de 50% a 70%, conforme destacou José Eduardo M. Camargo, presidente da Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABCN).
A redução da safra nacional acarretou no aumento dos preços das nozes no mercado interno, o que intensificou as importações. Apesar disso, o Brasil mantém um saldo positivo na balança comercial do setor, exportando mais nozes e castanhas do que importando. Segundo dados da ABCN, até novembro de 2024, as exportações desses produtos geraram cerca de US$ 200 milhões em receita, enquanto as importações totalizaram US$ 50 milhões. Na lista de exportações estão as castanhas de caju, macadâmia, pecã e barú, enquanto entre as importações se destacam avelã, amêndoa e pistache.
As nozes são essenciais para o país, pois não produzimos o suficiente para atender à demanda. A segurança alimentar e a estabilidade nos preços são fundamentais para o bem-estar da população. Nesse contexto, a produção de nozes e castanhas assume um papel crucial na economia brasileira.
A Safra de Noz Pecã no RS
No Rio Grande do Sul, o maior estado produtor de noz pecã do Brasil, a safra foi afetada por uma quebra de 80%. Esse cenário é preocupante, especialmente considerando que a noz pecã é um produto altamente popular, notadamente durante as festas. A indústria de nozes, com sede em Cachoeiro do Sul (RS), enfrenta os desafios da entrada de nozes importadas, com preços dolarizados, que pressionam os custos no mercado nacional.
No entanto, a procura por nozes pecã continua forte, mesmo com os preços elevados. O brasileiro vem conhecendo e consumindo cada vez mais a noz pecã, e o preço elevado, de alguma forma, equilibra o custo. Edson Ortiz, diretor da Divinut, acredita que a procura por nozes pecã continuará crescendo nos próximos anos, impulsionando uma expansão de área de cultivo que, atualmente, ultrapassa 10 mil hectares de nogueiras.
Desafios e Opportunidades
As nozes têm conquistado novos espaços no mercado graças à descoberta de seus benefícios para a saúde. Historicamente associadas a ocasiões especiais, as nozes agora são um item do dia a dia. A diversidade de opções disponíveis, como castanhas e nozes, oferece uma gama de escolhas para os consumidores. No entanto, é fundamental abordar os desafios enfrentados pela indústria, como a seca e as enchentes, para garantir a sustentabilidade da produção e manter os preços acessíveis.
Fonte: @ Estadão
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