Livros alertam sobre comer por ansiedade, tédio e raiva em vez de almoço de conforto e armazenamento de gordura, mudando o comportamento alimentar, a resposta ao estresse e a mobilização física.
O estresse pode ser um dos principais responsáveis por essa tendência, fazendo com que as pessoas recorram ao alimento como forma de conforto. Além disso, a ansiedade também pode jogar um papel na busca por alimentos, como um mecanismo de autopreservação.
No entanto, a busca por conforto através de pratos apetitosos pode levar a uma estafa emocional, onde as pessoas podem acreditar que o alívio vem de fora, em vez de enfrentar diretamente as causas do estresse. A verdade é que o estresse e a ansiedade estão entrelaçados ao excesso de peso, e não há solução simples, como apenas mudar o que se come.
Estresse: O Maior Obstrutor para uma Vida Saudável
O estresse está presente em nossas vidas de forma incessante, impactando não apenas nossa saúde física, mas também nossa mental. Ele atua por diferentes mecanismos, envolvendo hormônios e neurotransmissores, afetando nosso comportamento alimentar, mobilização física, metabolismo basal e consequentemente, o armazenamento de gordura. Algumas pessoas reagem a situações estressantes consumindo alimentos sem sentir fome, levando a pesos emocionais que são consequência de conflitos psíquicos, frustrações e autopunições.
Quando abordamos a questão da alimentação, é crucial entender o papel do estresse em nosso apetite. O estresse pode levar a uma resposta de fome, mesmo quando não estamos com fome. Isso ocorre porque o estresse ativa a liberação de hormônios que estimulam o apetite, como o cortisol e a insulina. Além disso, a ansiedade e o estresse também podem levar a uma busca por alimentos de conforto, que são geralmente ricos em calorias e baixos em nutrientes.
A relação entre estresse e alimentação é complexa, como explica o psiquiatra Judson Brewer no livro ‘Desconstruindo o Hábito da Fome’. Nossa tendência de ‘comer sentimentos’ é uma herança evolutiva, remetendo à época das cavernas, quando nossos ancestrais precisavam aprender a evitar situações que pareciam ameaçadoras. No entanto, hoje em dia, essa resposta é desproporcional e pode levar a consequências negativas para nossa saúde.
Uma abordagem interessante para lidar com o estresse e a alimentação é a ideia de ‘alimentação por prazer’, proposta por Brewer. Quando comemos por prazer, sem estar motivados por hábito, tédio, tristeza, raiva ou obrigação, reduzimos o risco de acumular quilos emocionais. Isso envolve desenvolver uma relação mais saudável com a comida, focando no gosto e na satisfação, em vez de usar alimentos como compensação para emoções negativas.
A resposta emocional ao estresse pode levar a comportamentos alimentares prejudiciais, como a compulsão por alimentos processados e ricos em açúcares. Além disso, a falta de mobilização física e a redução do metabolismo basal também são consequências do estresse crônico. A perda de peso, portanto, pode ser um desafio significativo para as pessoas que sofrem com estresse e ansiedade.
A chave para superar o estresse e a alimentação errada está em desenvolver uma consciência maior sobre nossos padrões alimentares e a resposta emocional ao estresse. Isso pode ser alcançado através de técnicas de mindfulness, como a meditação e a yoga, que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. Além disso, uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes e pobres em calorias, é fundamental para manter um metabolismo saudável e evitar o armazenamento de gordura.
Em resumo, o estresse é um grande obsturutor para uma vida saudável, afetando nossa alimentação, mobilização física e metabolismo basal. Entender a relação entre estresse e alimentação é crucial para desenvolver uma relação saudável com a comida e superar o estresse crônico.
Fonte: @ Estadão
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