Artista recebeu fãs e amigos em livraria da vila, na alameda Lorena, no bairro do Jardins, na capital paulista, e falou sobre música, arte e luta contra o câncer, enquanto fazia autógrafos e posava para fotos.
A vida de uma das mais queridas figuras do Brasil está prestes a ser revelada em uma obra de grande importância, Preta Gil: Os primeiros 50, autobiografia que marca o meio século de vida de Preta Gil.
Apenas uma mulher de grande determinação e força de caráter. Com uma carreira de mais de 40 anos, Preta Gil já deixou uma marca indelevel em todos os que a conhecem. E agora, sua filha Lia de Alcântara anuncia o lançamento da autobiografia intitulada Preta Gil: Os primeiros 50, em celebração pelo meio século de vida da considerada rainha do humor. Uma vida exemplar que se resume em honrar e agradecer todos os anos vividos e todos os desafios superados.
Memórias de uma Vida Pulsante
A vida de Preta Gil, filha de Gilberto Gil e Drão, é um testemunho de superação e autoestima. Em uma noite de autógrafos na Livraria da Vila na Alameda Lorena, no bairro do Jardins, ela recebeu fãs e amigos que se emocionaram com as suas memórias. O livro é uma coletânea de histórias e experiências que a artista vivenciou ao longo dos anos, desde sua infância em Salvador até sua vida adulta no Rio de Janeiro.
A Música e a Arte, uma Fonte de Inspiração
Preta Gil nasceu em uma família de artistas e sempre foi rodeada pela música e pela arte. Seu pai, Gilberto Gil, é um dos principais nomes da música brasileira, e sua mãe, Drão, é uma mulher criativa e independente. A atmosfera em que Preta foi criada em Salvador foi fundamental para sua formação artística. ‘As coisas mais pulsantes em mim, minha primeira infância, a atmosfera em que fui criada em Salvador, no bairro do Stiep, os irmãos, afilhados da minha mãe, a música, a arte, os boás que minha madrinha me dava, o lúdico que sempre foi muito incentivado em mim’, rememora Preta.
Uma Jovem que Se Transformou
Nos anos 1980, Preta se mudou para o Rio de Janeiro, onde enfrentou uma série de desafios. ‘Muitas coisas novas, saí diretamente para a Zona Sul do Rio, no caos de Ipanema, outra realidade.Isso tudo foi, obviamente, um choque, mas um choque positivo’, conta. A mudança para o Rio foi um momento de grande transformação para Preta, que se tornou uma jovem independente e determinada.
Superando o Câncer e a Vaidade
Preta enfrentou um câncer, do qual se curou, e também enfrentou uma separação conturbada. No entanto, ela não se deixou abater. ‘Eu amo. Não tapo eles’, afirma categoricamente sobre seus fios brancos, que agora são uma parte integrante de sua personalidade. ‘A sociedade impõe muitas regras e muitos padrões para limitar e criar na gente certos medos limitadores que colaboram com essa sociedade que quer controlar a gente’, diz Preta.
Uma Vida de Liberdade e Vontade de Viver
Preta Gil lança livro em São PauloEm seus cinquenta anos, Preta pode celebrar o fato de ter se tornado referência em superação. Quando se lançou como cantora, a artista virou notícia ao posar sem roupa no encarte do disco, que também chamou a atenção da crítica. Depois de 21 anos, ela continua a fazer a diferença assumindo os fios brancos na cabeça. ‘Eu amo. Não tapo eles’, afirma categoricamente. ‘Eu não sou essa pessoa, quero ser livre para ser quem eu sou, para viver e envelhecer.Não posso ir contra a natureza’, explica.
Uma Nova Etapa em Vida
Preta conta que deixou de tingir os cabelos durante a pandemia e que, depois, resolveu apenas fazer luzes nas madeixas. ‘Faço porque gosto, porque sou vaidosa, porque fica bonito e os brancos também ficam lindos.E não quero esconder o meu envelhecer, a minha maturidade, ao contrário, quero vivenciar para não me frustrar, porque é muito triste ver tanta mulher com problemas de aceitação porque não sabe envelhecer, ainda mais no mundo de hoje com internet, com filtro, é uma loucura.Quero ser eu mesma em qualquer ambiente, seja ele digital, seja ele analógico’, brinca. Sendo uma mostra de vitalidade e disposição, a artista expressa seus desejos de ter a mesma energia que viveu os primeiros 50 anos de sua vida nos próximos 50.
Fonte: @ Estadão
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