Jamie J. Gigantiello é acusado de transferências não autorizadas de fundos paroquiais em meio a investigação de corrupção e já havia sido afastado após lançamento do clipe da cantora Sabrina Carpenter.
O padre Jaime J. Gigantiello, conhecido por ter autorizado um clipe da cantora Sabrina Carpenter em uma igreja no Brooklin, bairro de Nova York, nos Estados Unidos, foi dispensado de suas funções.
A dispensa do eclesiástico foi confirmada pela emissora NBC News, que teve acesso a um comunicado do bispo Robert J. em agosto de 2019. O padre Gigantiello foi membro da Diocese de Brooklyn e trabalhou como funcionário na área religiosa por mais de 20 anos. Suas ações, contudo, chamaram a atenção da comunidade internacional e fizeram do religioso um nome conhecido em todo o mundo.
Padre Acusado de Transferências Não Autorizadas
Monsenhor Gigantiello, um eclesiástico da Diocese Católica Romana do Brooklyn, é acusado de fazer transferências não autorizadas de US$ 1,9 milhão para uma empresa de advocacia de Frank Carone, ex-chefe de gabinete do prefeito de Nova York, Eric Adams. O valor equivalente em reais é de R$ 10,9 milhões, conforme a cotação atual. Esta acusação surge em meio a uma investigação de corrupção de Adams, indiciado em setembro.
O advogado de Gigantiello, Arthur Aidala, afirmou à NBC News que as transferências teriam beneficiado a igreja. Aidala também destacou que despesas pessoais feitas por Gigantiello em um cartão de crédito da diocese teriam sido autorizadas por escrito. Segundo Aidala, a igreja teria recebido 12% de juros sobre um pagamento de US$ 1 milhão, totalizando R$ 5,7 milhões.
A investigação revelou que Gigantiello autorizou a gravação de um clipe de ‘Feather’, de Sabrina Carpenter, em uma igreja. O vídeo ultrapassa 100 milhões de visualizações e mostra a cantora como responsável pela ‘morte’ de diversos homens que a assediam. As cenas finais do vídeo apresentam a cantora dançando na igreja, usando um véu e vestido de tule preto, com vários caixões no altar.
Após o lançamento do clipe, Gigantiello publicou um comunicado no Facebook pedindo desculpas aos fiéis e afirmando que não sabia que as gravações teriam conteúdo ‘provocativo’. O bispo Robert J. Brennan celebrou uma Missa de Reparação para ‘restaurar a santidade’ da igreja e afastou Gigantiello de seus cargos administrativos.
O bispo Brennan afirmou que a investigação revelou ‘um padrão de graves violações das políticas e protocolos diocesanos’ por parte de Gigantiello. Consequentemente, Gigantiello não exerce mais nenhuma função de supervisão pastoral ou governança na igreja. A investigação está em andamento e a diocese está aguardando o resultado das investigações.
Fonte: @ Estadão
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