Rock nacional mostrou mais passado do que presente no palco com Capital Inicial, Toni Garrido, Pitty, Rogério Flausino, Detonautas e NX Zero, sempre rock na cidade negra de Tico Santa Cruz.
No Rock in Rio, um sábado agitado trouxe uma surpresa para os fãs de rock nacional. Após uma série de atrasos e cancelamentos, incluindo a apresentação de Luan Santana, o Palco Mundo foi palco de uma noite inesquecível com o show “Pra Sempre Rock”.
O show começou com o Capital Inicial, que levantou a plateia com o clássico Natasha. A música foi o ponto de partida para uma noite de rock que contagiou a multidão. O festival, que havia começado com problemas técnicos, terminou com uma nota alta, com os fãs de rock saindo do Palco Mundo com sorrisos nos rostos e a sensação de terem vivido um momento inesquecível. A noite foi um verdadeiro show de rock e a energia da plateia foi contagiante.
O Rock em Foco
No dia em que o mundo do Rock in Rio passou por turbulências, a sensação era a de que o refrão ‘o Mundo vai acabar, ela só quer dançar’ soou como um bálsamo para quem estava à frente e atrás do palco. A cantora Pitty se apresentou no Palco Mundo e relembrou sucessos de carreira, mostrando que o Rock é capaz de unir gerações. Dinho Ouro Preto, líder do Capital, com notável vontade de ficar mais um pouco em cena, ainda cantou Primeiros Erros e A Sua Maneira, provando que o Rock é uma força que não pode ser parada.
Em seguida, passou o bastão para Toni Garrido que também agradou com sucessos do Cidade Negra, mostrando que o Rock é uma música que pode ser apreciada por todos. Pitty foi a próxima, e como única mulher no time dos roqueiros da noite, foi bem recebida ao lembrar Me Adora, Equalize e Na Sua Estante. A cantora lembrou que assistiu à primeira edição do festival, em 1985, em uma televisão na qual mal dava para ver os shows, e disse estar satisfeita que, após 40 anos, ainda há ‘um lugar onde as pessoas podem viver a música’ e celebrar o Rock.
O Rock em Ação
Rogério Flausino, sem o Jota Quest, e quase às 3h da manhã, também foi no certo: Dias Melhores, Do Seu Lado e a baladona Amor Maior, mostrando que o Rock pode ser emocionante e cativante. O Detonautas de Tico Santa Cruz mostraram Quando o Sol Se For e Outro Lugar, provando que o Rock é uma música que pode ser diversificada e inovadora. NX Zero, a banda seguinte a subir ao palco, escolheu Só Rezo e Cedo ou Tarde, com homenagem a Chorão – mais cedo, Zeca Baleiro, no show Pra Sempre MPB, já havia lembrado do líder do Charlie Brown Jr. ao cantar sua versão de Proibida Pra Mim.
Pra Sempre Rock, até então, parecia aquelas antigas coletâneas que trazem os principais sucessos de um gênero musical, embora nenhuma das apresentações tenha decepcionado ou não empolgado o público. No entanto, tudo ficou ainda mais interessante quando Di Ferrero, líder do NX Zero, chamou Dinho Ouro Preto ao palco novamente para juntos entoarem Entre Razões e Emoções, mostrando que o Rock é uma música que pode ser compartilhada e celebrada por todos.
O Legado do Rock
No final, um tímido tributo a Cássia Eller com todo o elenco do show unindo vozes em Por Enquanto, mostrou que o Rock é uma música que pode ser uma homenagem àqueles que vieram antes. Ainda há motivos para se orgulhar do BRock, embora ele tenha mais passado do que presente, o Rock continua a ser uma força viva e pulsante na música contemporânea.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo