Jeff Kinney fala sobre carreira e desafio de escrever para diferentes gerações, público infantojuvenil e economia da atenção, criadores de livros como Diário de Um Banana.
Imagine ter a chance de conversar com o seu autor favorito quando era criança. Para os fãs do Diário de Um Banana, essa é uma realidade. Jeff Kinney, o criador desse fenômeno literário, respondeu a perguntas de seus leitores mirins em uma entrevista emocionante. É incrível pensar no que você teria perguntado ao seu autor favorito se tivesse essa oportunidade quando era criança.
A série Diário de Um Banana é um sucesso mundial, com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O livro que deu origem à série é uma das histórias mais amadas por crianças e adultos. É fascinante ver como Jeff Kinney conseguiu criar um personagem tão querido e relatable como Greg Heffley. A criatividade e a imaginação são fundamentais para o sucesso de qualquer livro. É incrível pensar em como uma simples ideia pode se transformar em uma série de livros que cativam leitores de todas as idades. A paixão por contar histórias é o que move os autores a criar obras-primas como o Diário de Um Banana.
O Sucesso de Diário de Um Banana
Com a proximidade da 27ª Internacional do Livro de São Paulo, o Estadão convidou crianças e pré-adolescentes a enviar perguntas para Jeff Kinney, o criador do fenômeno Diário de Um Banana. Com mais de 12 milhões de exemplares vendidos no Brasil, a série de livros é um sucesso enorme entre o público infantojuvenil. Antes de sua chegada ao Brasil, Kinney respondeu às perguntas dos leitores mirins.
A Conquista do Público Brasileiro
‘Tenho um carinho enorme por meus leitores brasileiros. O Brasil foi um dos primeiros países fora dos Estados Unidos a se apaixonar por Greg, e sou muito grato por isso’, diz Kinney. A aposta da VR Editora nas histórias do estudante de 12 anos, em 2008, foi certeira e ajudou no crescimento do grupo editorial argentino no País. Desde então, foram lançados 17 volumes, seis filmes e até um musical – que Kinney espera trazer ao Brasil.
O Desafio da Criatividade
Prestes a lançar Diário de um Banana 19: Baita Lambança, Kinney admite que, com o tempo, fica mais difícil manter a criatividade, mas afirma que gosta ‘do desafio de criar novas histórias e novas situações com os mesmos personagens’. Ele recorda uma viagem pela América do Sul em 2023, quando centenas de jovens na faixa dos 20 anos foram conhecê-lo: ‘Fiquei muito emocionado com isso’. É o sinal de que, 17 anos após a publicação de seu primeiro livro, o autor atingiu uma geração de leitores que agora já chega à vida adulta.
A Influência sobre a Nova Geração
‘É empolgante pensar que tive um impacto sobre o senso de humor de toda uma gama de jovens. Mal posso esperar para ver como essa influência se manifesta em livros, quadrinhos e, talvez, até mesmo em comédia stand-up ou escrita para televisão. Estou entusiasmado com essa próxima onda de criadores’, comenta Kinney. Com a primeira geração que o tornou um best-seller já crescida, ele teve o desafio de conquistar uma nova leva de crianças e pré-adolescentes, mas afirma não pensar muito sobre isso: ‘Quando estou escrevendo um livro do Banana, não estou pensando no público leitor. Estou pensando em como fazer uma piada ou contar uma boa história’.
A Economia da Atenção
Mesmo sem mudar sua abordagem, Kinney admite que há desafios: ‘A realidade é que os celulares fazem parte da vida cotidiana das crianças hoje em dia e, há 15 anos, isso não acontecia. Eu diria que vivemos em uma economia da atenção e, como autores, temos de escrever histórias que competem com as telas. Temos de nos certificar de que estamos escrevendo histórias envolventes e que merecem a atenção de nossos leitores’.
Fonte: @ Estadão
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