Ministros discutem segurança alimentar e nutricional em sistemas alimentares para desenvolvimento sustentável, destacando agricultura familiar e impacto de mudanças climáticas.
No dia 13 de setembro, líderes mundiais da agricultura se reuniram em Cuiabá para discutir estratégias inovadoras para o desenvolvimento sustentável da agricultura. Essa reunião contou com a presença de representantes das 20 maiores economias do mundo, que se comprometeram a trabalhar juntos para promover práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis.
Entre os principais objetivos estabelecidos pelos líderes mundiais está a redução da fome e a promoção da segurança alimentar, além de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Para alcançar esses objetivos, os líderes destacaram a importância de investir em sistemas agroalimentares mais resilientes e sustentáveis, que possam garantir a produção de alimentos de qualidade para as futuras gerações. A agropecuária sustentável é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de muitos países, e é essencial que sejam adotadas práticas que minimizem o impacto ambiental e promovam a justiça social.
Agricultura Sustentável e Resiliência: Compromisso do G20
A declaração assinada por todos os ministros de agricultura, desenvolvimento agrário, agricultura familiar, pesca e aquicultura do G20 no encerramento do grupo de trabalho da Agricultura do G20 Brasil destaca a importância da agricultura sustentável e resiliente para a segurança alimentar e nutrição global. A agricultura é fundamental para a sustentabilidade ambiental, promovendo a revitalização rural e fornecendo meios de subsistência para milhões de pessoas em toda a agricultura e sistemas agroalimentares.
A declaração enfatiza a necessidade de conservar os ecossistemas naturais vitais que sustentam a vida. O compromisso é dividido em quatro prioridades: sustentabilidade nos sistemas agroalimentares em seus múltiplos aspectos; a contribuição do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional; o reconhecimento do papel essencial da agricultura familiar, camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais para sistemas alimentares sustentáveis, saudáveis e inclusivos; e a promoção da integração sustentável da pesca e aquicultura nas cadeias sociais locais e globais.
Cooperação Técnica e Inovações para a Segurança Alimentar
Como membros do G20, os ministros estão comprometidos em tornar a agricultura e os sistemas alimentares mais sustentáveis por meio da cooperação técnica, compartilhando melhores práticas e promovendo inovações que abordem os desafios globais de segurança alimentar e nutrição e desenvolvimento sustentável. A maior parte do documento é destinada às preocupações com a segurança alimentar, nutricional e saudável à população mundial.
Os ministros saúdam a proposta do Brasil de estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lembrando que 84% dos pobres do mundo residem em áreas rurais. Eles estão ansiosos pelo lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula dos Líderes do G20 em novembro de 2024 para apoiar e acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza ao mesmo tempo em que reduzimos as desigualdades ao ampliar a implementação de políticas públicas por meio de parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.
Fortalecimento de Políticas Públicas para a Agricultura Sustentável
A declaração também cita a necessidade de fortalecer políticas públicas para uma agricultura e sistemas alimentares resilientes e sustentáveis. A agricultura e os sistemas alimentares sustentáveis sustentam a segurança alimentar e a nutrição globais, o desenvolvimento e a revitalização rural, a gestão e o uso sustentáveis dos recursos naturais e sua conservação para as gerações futuras.
Os ministros atrelam a segurança alimentar à necessidade de ações de preservação e restauração da biodiversidade e das florestas. O desmatamento foi outro tema tratado na declaração ministerial. Os líderes da agricultura do G20 reforçaram a necessidade de ‘travar e reverter o desmatamento e a degradação florestal até 2030’. Eles recomendam políticas e programas de agricultura e sistemas alimentares que aumentem a renda, reduzam as emissões de gases de efeito estufa e fortaleçam a resiliência, a produção e a produtividade.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo