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Ineficiência no setor primário brasileiro: presidente da comissão de Infraestrutura alerta que o aumento do volume de transporte causa apagão logístico em 2023.
O setor primário brasileiro, que inclui grãos, proteínas e minério, teve 320 milhões de toneladas transportadas em 2023. O dado foi apresentado pelo presidente da comissão de Infraestrutura da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Antônio Pagot, durante o seminário ‘Agenda 2030: Desafios da Logística Brasileira para a Competitividade Internacional’. Porém, o crescimento preocupa, evidenciando a necessidade de investimentos contínuos em logística para garantir a eficiência e a sustentabilidade do setor.
Além disso, a expansão do setor primário demanda uma atenção especial ao transporte de cargas, considerando a importância estratégica da integração entre modais e a otimização dos fluxos logísticos. A busca por soluções inovadoras e sustentáveis no âmbito da logística é essencial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de crescimento no mercado internacional. A colaboração entre os diversos atores envolvidos na cadeia de suprimentos é fundamental para promover a competitividade e a excelência operacional no setor.
Logística: Desafios e Soluções para o Setor de Transporte no Brasil
Isso porque a estimativa é que nos próximos anos esse volume transportado aumente em cerca de 28,5%, o que poderia causar um apagão logístico. Movimentações em portos do RS crescem 4,88% em janeiro. Volume de soja inspecionado para exportação cai 47,2% nos EUA, diz USDA.
Projeções de Crescimento do Setor Primário Brasileiro e Desafios Logísticos
‘Quando você analisa, as projeções mínimas que se faz para 2030 é pular de 320 milhões de toneladas no setor primário para 450 milhões de toneladas’, disse Pagot nesta quinta, 9, no evento em Brasília (DF) organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra) e Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (ANUT).
Desafios e Ineficiências na Logística de Transporte de Carga no Brasil
O presidente da TAV Brasil, Bernardo Figueiredo, também falou desse cenário. Ele enfatizou que há um desequilíbrio no uso do modal rodoviário. Segundo ele, para que uma mercadoria seja entregue o caminhão roda em média mil quilômetros, sendo que o ‘transporte rodoviário só é competitivo abaixo de 500 quilômetros’.
Investimentos Necessários para Melhoria da Infraestrutura Logística no Brasil
Na visão dos especialistas, as ferrovias são uma resposta para o problema, mas viáveis apenas no longo prazo. O entendimento é que a aplicação de recursos para melhoria e duplicação das rodovias é o que tem que ser feito para um retorno mais imediato. ‘É preciso fazer mais ferrovias. Mas qualquer ação nesse sentido vai demorar 10 anos. Enquanto isso, o que se faz? Tem que dar eficiência ao transporte rodoviário. Como é que se dá eficiência ao transporte rodoviário? Como se reduz o custo do transporte rodoviário? Melhorando as estradas’, disse o presidente da TAV Brasil.
Na mesma direção, Pagot fez uma projeção de quanto é necessário para que o país tenha segurança na logística rodoviária. ‘Precisamos de R$ 100 bilhões [em investimento] para os próximos cinco anos. R$ 10 bilhões para os portos e R$ 90 bilhões para as duplicações e melhoria dessa malha rodoviária’, pontuou.
Fonte: @ Estadão
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