Autor de ‘O Avesso da Pele’ fala sobre racismo, violência policial e cotas em universidades, sua experiência como cotista e literatura, abordando o Programa Nacional de cotas e a importância do Material Didático em Escolas.
Em meio à polêmica que envolveu seu nome, Jeferson Tenório parece manter uma postura serena, apesar de ter sido catapultado ao centro do debate nacional de forma tão repentina. A censura que ele enfrentou foi um dos principais pontos de discussão, com muitos questionando a legitimidade da medida.
No entanto, a censura não é o único aspecto que merece atenção. A repressão exercida sobre a liberdade de expressão é um tema que deve ser abordado com cautela. A restrição imposta a Jeferson Tenório pode ser vista como um exemplo de como a censura pode ser usada como ferramenta de controle sobre a opinião pública. A liberdade de expressão é um direito fundamental que deve ser protegido e respeitado. A censura pode ter consequências graves se não for exercida com responsabilidade.
A Censura e a Repressão: Um Desafio para a Liberdade de Expressão
O escritor Jeferson Tenório, de 47 anos, já havia conquistado o respeito da crítica com dois romances bem recebidos antes de vencer o Prêmio Jabuti em 2021 com o livro ‘O Avesso da Pele’ (Companhia das Letras). No entanto, foi apenas no início deste ano, quando a obra foi alvo de censura, que o rosto de Tenório se tornou mais conhecido. A atenção na rua cresceu, especialmente no bairro em que ele se estabeleceu em Porto Alegre, onde ele se divide entre a capital gaúcha e São Paulo.
‘Já tive que sair disfarçado. No auge da história da censura, eu tive que usar boné’, diz o escritor, que recebeu a visita em seu apartamento na capital paulista. O ‘auge’ da censura foi em meados de março, quando o livro, parte do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), foi recolhido de escolas do Rio Grande do Sul, do Paraná e do Goiás por supostas ‘expressões impróprias’ para menores de 18 anos. Naquela semana, as vendas do livro aumentaram em 400% na Amazon.
A Luta Contra a Censura e a Repressão
Depois de uma ação da editora Companhia das Letras, a Justiça ordenou a volta do livro às salas e bibliotecas. Em julho, um parecer do Ministério da Educação (MEC) considerou que o livro não faz ‘apologia ao uso de drogas, à violência contra a mulher, ao uso de expressões vulgares e sexuais’ e que as cenas narradas têm ‘coerência interna’. Marcado por este cenário, Tenório lança, no final de outubro, seu próximo romance: ‘De Onde Eles Vêm’ (Companhia das Letras), cujo personagem principal, Joaquim, é um dos primeiros jovens negros a entrar na universidade pública pelo sistema de cotas raciais, em meados dos anos 2000 – uma experiência vivida pelo próprio autor.
‘Talvez seja o livro mais realista que eu tenha feito nos últimos anos’, afirma ele. A divulgação nacional começa com a largada da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), onde Tenório é convidado da programação oficial e vai discutir sua produção literária ao lado do senegalês Mohamed Mbougar Sarr. Ele sabe, porém, que o peso de sua participação neste ano é diferente.
A Censura e o Controle: Um Desafio para a Liberdade de Expressão
A censura e a repressão são temas recorrentes na obra de Tenório, que afirma que a literatura é uma forma de resistência contra a opressão. ‘A censura é uma forma de controle, uma forma de reprimir a liberdade de expressão’, diz ele. ‘A literatura é uma forma de resistência, uma forma de dizer que não estamos de acordo com a censura e a repressão’.
A experiência de Tenório com a censura também o levou a refletir sobre a importância da liberdade de expressão. ‘A liberdade de expressão é fundamental para a democracia’, afirma ele. ‘Sem a liberdade de expressão, não temos democracia’.
A Restrição e a Crítica de Livro
A censura e a repressão também são temas presentes na crítica de livro, que pode ser uma forma de restrição à liberdade de expressão. ‘A crítica de livro pode ser uma forma de censura, uma forma de reprimir a liberdade de expressão’, diz Tenório. ‘Mas também pode ser uma forma de diálogo, uma forma de discutir e debater as ideias’.
A experiência de Tenório com a crítica de livro também o levou a refletir sobre a importância da liberdade de expressão. ‘A liberdade de expressão é fundamental para a democracia’, afirma ele. ‘Sem a liberdade de expressão, não temos democracia’.
A Ação da Editora e a Experiência Vivida
A ação da editora Companhia das Letras foi fundamental para a volta do livro às salas e bibliotecas. ‘A editora foi fundamental para a luta contra a censura’, diz Tenório. ‘Eles foram os primeiros a se posicionar contra a censura e a repressão’.
A experiência vivida por Tenório também o levou a refletir sobre a importância da liberdade de expressão. ‘A liberdade de expressão é fundamental para a democracia’, afirma ele. ‘Sem a liberdade de expressão, não temos democracia’.
Fonte: @ Estadão
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