Doenças fúngicas caracterizam-se por manchas nas folhas, descoloração e murchamento, especialmente nas plantas mais vulneráveis. Condições de alta umidade favorecem o crescimento pulverulento acinzentado de fungos.
Os fungos são uma das principais ameaças para a produção de hortas no Brasil. Alguns dos tipos mais comuns incluem o Oídio, o Rugoso do Café e o Murchamento. Essas doenças podem causar prejuízos significativos para os produtores rurais, especialmente aqueles que dependem da horta como fonte de renda.
Por isso, é fundamental adotar práticas de manejo adequadas para controlar o crescimento de fungos em hortas. Isso inclui manter a horta bem ventilada, evitar o uso excessivo de fertilizantes e manter a horta limpa removendo resíduos e infestantes. Além disso, a monilínia é uma das principais causas de doenças fúngicas em hortas, então é importante escolher variedades resistentes a essa doença. Com essas práticas e uma boa gestão, é possível reduzir o impacto dos fungos na produção de hortas.
Fungos: Um Desafio para a Produção Agrícola no Brasil
As hortas desempenham um papel vital na produção de alimentos no Brasil, mas a presença de fungos pode comprometer diretamente a produtividade. De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a agricultura familiar representa 77% dos estabelecimentos agrícolas no país, com cerca de 3,9 milhões de propriedades.
As hortas são uma fonte essencial de renda e emprego para pequenos produtores, contribuindo significativamente para a economia local. No entanto, a presença de fungos pode ser um desafio significativo para esses produtores, levando a perdas de produtividade e impactando negativamente a economia local.
A produção agrícola no Brasil atingiu 295,1 milhões de toneladas em 2024, apesar de uma queda de 6,4% em relação a 2023, conforme dados da Embrapa. Para pequenos produtores, é essencial entender os desafios e as oportunidades no setor de hortas para garantir a sustentabilidade e o crescimento contínuo.
Identificando os Fungos na Horta
Identificar fungos na horta pode ser desafiador, mas é essencial para um manejo eficaz. Os sinais mais comuns incluem manchas nas folhas, descoloração e murchamento das plantas. Conheça quais são os fungos mais comuns e como identificá-los:
Oídio: Este fungo se caracteriza pelo aparecimento de um pó branco sobre as folhas, que pode se espalhar rapidamente para outras partes da planta. Afeta principalmente cucurbitáceas como pepino, abóbora e melão.
Antracnose: Manifesta-se através de manchas escuras e deprimidas nos frutos e folhas. É especialmente prejudicial em cultivos de tomate, pimentão e berinjela.
Fusariose: Causa amarelamento progressivo das folhas, começando pelas mais velhas. Ao cortar o caule longitudinalmente, é possível observar um escurecimento dos vasos. Afeta severamente tomates e outras solanáceas.
Míldio: Caracteriza-se por manchas amareladas na face superior das folhas e um crescimento pulverulento acinzentado na face inferior. É particularmente problemático em alface, couve e outras brássicas.
Culturas Mais Suscetíveis a Fungos
A sensibilidade das culturas aos fungos varia bastante e é afetada tanto por fatores genéticos quanto pelo ambiente. O tomate, por exemplo, é uma das plantas mais vulneráveis a fungos. Ele pode ser atacado por várias doenças fúngicas, como a requeima, causada pelo Phytophthora infestans, que pode destruir a plantação em poucos dias em condições favoráveis.
As folhosas, como alface, rúcula e chicória, são bastante sensíveis ao míldio e à podridão-de-esclerotínia. Como estão próximas ao solo e precisam de irrigação frequente, isso facilita o surgimento desses fungos.
As brássicas (como couve, repolho e brócolis) enfrentam grandes desafios com a hérnia das crucíferas, causada pelo Plasmodiophora brassicae, e também são vulneráveis à alternariose.
A formação de ‘cabeças’ ou manchas nas folhas pode ser um sinal de presença de fungos em culturas de horta. É essencial identificar esses fungos e tomar medidas para controlá-los e evitar perdas de produtividade.
Fonte: @ Estadão
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