Presidente critica demora do governo na ajuda ao RS, destaca atuação de Carlos Fávaro e elogia crédito para agricultores e cadeias produtivas que afetam a safra rural.
O agronegócio do Rio Grande do Sul enfrenta desafios significativos em 2025, incluindo o crescente problema de acesso ao crédito rural. A Federação da Agricultura do RS, denotada como Farsul, projeta um ano complicado para os agricultores, devido às taxas de juros altas e ao difícil mercado de crédito.
Para superar esses desafios, os agricultores precisam acessar fontes de crédito que ofereçam condições mais favoráveis, como crédito com juros mais baixos. No entanto, a concorrência por essas fontes é intensa, e muitos agricultores enfrentam dificuldades para acessar o crédito necessário para investir em suas propriedades. Isso pode afetar negativamente a produtividade e a competitividade do agronegócio local, tornando ainda mais importante a busca por soluções que facilitem o acesso a crédito com condições razoáveis.
Crédito em foco: crise agropecuária no RS
O economista-chefe da Farsul, Antonio Da Luz, destaca que os 38 mil produtores rurais que renegociaram dívidas a juros livres após as enchentes podem não conseguir pagar os empréstimos. O valor total renegociado foi de R$ 6 milhões, de um total de R$ 24 milhões considerando as outras linhas de crédito disponibilizadas, o que pode afetar o crédito rural no estado.
Da Luz menciona que o problema de acesso ao crédito é um dos fatores que podem comprometer a qualidade do plantio na próxima safra de grãos do estado. Além disso, o clima também é um fator a ser considerado. ‘Nós sabemos que a área foi plantada, mas não sabemos em que condições, com que nível tecnológico’, afirmou ele, durante balanço de final de ano. O acesso ao crédito é essencial para os agricultores, pois permite que eles adquiram insumos e tecnologia necessários para o cultivo. Mas, como visto, a crise financeira pode afetar a disponibilidade de crédito para os agricultores.
Principal crise entre o governo federal e o setor produtivo, os leilões de arroz continuam em pauta. O governo federal ‘usou as enchentes para fazer o que já pretendia’, com a justificativa de que o estado não produziria cereal suficiente após maio. O governo destinou R$ 7,2 bilhões para importar arroz, o que é um problema, pois o produto importado é de qualidade inferior, com defensivos agrícolas que não são permitidos no Brasil. Isso pode afetar o acesso ao crédito e a produção de arroz no país.
A Conab fez mais dois leilões para comprar até 500 mil toneladas e tem outro marcado para o dia 20 de dezembro. O ministro da Agricultura e Pecuária, Paulo Teixeira, tem sido um ‘bom parceiro’ do agro gaúcho, segundo o presidente da Farsul, Gedeão. Ele tem feito um esforço para atender às demandas do setor produtivo, o que é essencial para o acesso ao crédito e a produção agrícola no país.
Fonte: @ Estadão
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