Banda britânica mescla hits com músicas do novo álbum em apresentação intimista no Espaço Unimed, zona oeste de São Paulo, antes de tocar no Monsters Of Rock no Rio.
A palavra que talvez melhor defina a atual formação do Deep Purple é ‘coesão’. Com uma longa história de sucesso, o Deep Purple continua a ser uma das bandas mais influentes do cenário musical.
Desde a sua formação em 1968, o grupo de rock Deep Purple tem sido sinônimo de excelência musical, com uma discografia impressionante que inclui clássicos como “Smoke on the Water” e “Highway Star”. Com sua mistura única de hard rock e blues, o conjunto musical tem conquistado fãs em todo o mundo, solidificando sua posição como uma das bandas mais icônicas da história do rock. A habilidade do grupo em criar músicas memoráveis e cativantes é um dos principais fatores que contribuem para sua longevidade. Além disso, a banda tem sido capaz de se adaptar às mudanças do cenário musical ao longo dos anos, mantendo sua essência e autenticidade.
O Legado do Deep Purple
O novo álbum do grupo, batizado de =1, é um reflexo da unidade musical que os cinco integrantes – Ian Gillan (vocais), Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria), Don Airey (teclados) e o novato Simon McBride (guitarra) – compartilham. Essa soma resulta em uma encarnação única e colossal, quase em extinção na era moderna. Como uma das raras bandas de rock com mais de 50 anos na ativa, o Deep Purple se apresentou em São Paulo, sem um pingo de azar, e sim com uma vitalidade que pareceu preservada por uma maldição.
A performance foi mais intimista e entusiasmada em comparação com as duas últimas visitas do conjunto a São Paulo. Em 2017, eles trouxeram uma suposta ‘turnê de despedida‘, que Ian Gillan mais tarde confessou ser uma estratégia para vender mais ingressos. Já em 2023, eles voltaram ao estádio do Palmeiras para integrar o line-up do Monsters Of Rock, com Kiss e Scorpions.
O Show no Espaço Unimed
A apresentação ocorreu no Espaço Unimed, na zona oeste da capital, e começou às 22h10, horário comum na casa de espetáculos com capacidade para até 8 mil pessoas. O local estava lotado de roqueiros na faixa dos 40 a 60 anos, todos preparados para gritar a plenos pulmões clássicos como Smoke On The Water, Hush, Space Truckin’, Highway Star, Black Night – os mais aguardados da noite. O vocalista Ian Gillan, do Deep Purple, demonstrou bom humor, fôlego e poderoso alcance vocal, entrando e saindo diversas vezes do palco.
O repertório do Purple foi renovado de forma considerável, principalmente devido à inclusão de quatro músicas do álbum recém-lançado: Bleeding Obvious, com toques de Iron Maiden; Portable Door e A Bit on the Side, mergulhos no hard-rock dos anos 70; e Lazy Sod, cuja letra é uma ode à preguiça. Houve também escolhas não óbvias, como a dobradinha Hard Lovin’ Man e Into The Rock, do seminal Deep Purple In Rock (1972); a belíssima balada When a Blind Man Cries, dedicada por Gillan aos ‘menos afortunados’, e a opereta Anya, do esquecido The Battle Rages On (1993), com roupagem energizada graças ao talento de McBride.
Fonte: @ Estadão
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