Guitarrista lança álbum psicodélico de rock progressivo com participação da mulher e filha, com letras melódicas e influências de pop e barroco, tocando guitarra em uma mistura de arena e música.
O último trabalho de estúdio de David Gilmour, lançado após uma pausa de nove anos, é um projeto que envolveu toda a sua família. Um novo capítulo na carreira do lendário guitarrista.
Como um artista e compositor experiente, David Gilmour não apenas criou uma obra-prima musical, mas também contou com a colaboração de seus entes queridos. Sua esposa, Polly Samson, foi fundamental na criação do álbum, contribuindo com letras e vocais. Além disso, os filhos do casal também participaram do processo criativo, tornando esse projeto ainda mais especial e pessoal. A música é uma forma de expressão que une famílias e gerações.
David Gilmour: O Artista em Busca de Liberdade
Aos 78 anos, o renomado músico e compositor David Gilmour se sente liberto de seu passado, particularmente de seu meio século com o Pink Floyd, que foi catapultado do underground da música psicodélica de Londres para os discos de platina que definiram o rock progressivo nas décadas de 1970 e 1980. Seu novo disco, Luck and Strange, é um reflexo dessa liberdade, com canções que vão do pop barroco ao rock de arena, passando pelo folk.
A esposa de Gilmour, a romancista Polly Samson, escreveu a maior parte das letras do álbum, enquanto sua filha de 22 anos, Romany, canta harmonias e assume a voz principal na melancólica Between Two Points, cover de uma música da dupla britânica de indie-pop Montgolfier Brothers. A potência vocal íntima e silenciosa de Gilmour ainda está muito presente, assim como as levadas de guitarra melódicas e marcantes que são inconfundivelmente suas.
A Colaboração Familiar
Gilmour afirma que, enquanto trabalhava no novo álbum, ficou ‘totalmente à vontade para ser um pouco mais verdadeiro com o momento que estou vivendo’. Ele elogia as letras de Polly, dizendo que são ‘lindas’ e que o álbum é tanto dela quanto seu. A colaboração entre os dois é evidente, com Gilmour afirmando que eles trabalharam juntos em absolutamente tudo. As letras de Polly são brilhantes e, particularmente neste álbum, com a música, eles se uniram para criar algo que, para Gilmour, é realmente gratificante.
O tema do envelhecimento é bem dominante no álbum, com Gilmour afirmando que Polly é muito boa em entrar na cabeça das pessoas. Durante a pandemia de COVID-19, havia uma expectativa de que uma grande porcentagem da população poderia morrer, especialmente os idosos, e Polly estava preocupada com isso. Gilmour afirma que eles conversavam muito sobre essas coisas naquela época.
O Legado do Pink Floyd
Gilmour também fala sobre seu legado com o Pink Floyd, afirmando que este é o melhor álbum que ele fez desde The Dark Side of the Moon. Ele se lembra do momento em que ouviu todo o The Dark Side of the Moon pela primeira vez, em 1973, e afirma que foi um momento de grande alegria, satisfação e sentimento de realização. Embora o novo álbum seja uma obra pessoal, Gilmour admite que ele inevitavelmente vai lembrar algo aos fãs do Pink Floyd.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo