Posicionamento do setor para COP 29 apresenta tecnologias menos emissoras para enfrentar mudanças climáticas, com financiamento para implementação de Contribuições Nacionalmente Determinadas e mercado de carbono integrado.
A COP (Conferência das Partes) é um evento importante para discutir estratégias de mitigação das mudanças climáticas, e a agricultura tropical é um setor que requer métricas e práticas adaptadas para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. A implementação de ações de mitigação é fundamental para alcançar os objetivos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
No contexto da COP, é essencial discutir o financiamento necessário para implementar essas ações de mitigação na agricultura tropical. A Conferência das Partes deve abordar a questão do financiamento como um dos principais desafios para a implementação de práticas sustentáveis na agricultura tropical. Agricultura sustentável é fundamental para o futuro do planeta. Além disso, é importante destacar a importância da cooperação internacional para alcançar os objetivos de redução de emissões e promover o desenvolvimento sustentável. A cooperação internacional é essencial para o sucesso da luta contra as mudanças climáticas.
A COP 29 e o Setor Agropecuário Brasileiro
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou seu posicionamento para a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que ocorrerá em Baku, Azerbaijão, entre 11 e 22 de novembro. O documento destaca a importância do setor agropecuário no cumprimento das metas brasileiras dentro das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e apresenta pontos para que o governo brasileiro considere na formação das NDCs 2031-2035.
O presidente da CNA, João Martins, enfatizou o papel do Agro no cumprimento das metas brasileiras e destacou a necessidade de investir em novas tecnologias menos emissoras para alcançar essas metas. ‘Ser mais ambicioso a partir de 2031 implicará investir pesadamente em novas tecnologias menos emissoras. Pressupõe-se buscar financiamento e assistência técnica, e isso remete ao mandato da COP 29, que é ser a COP dos meios de implementação’, afirmou Martins.
Financiamento para Ações de Mitigação
O documento da CNA também destaca a necessidade do financiamento por parte de países desenvolvidos para ações de mitigação e adaptação das mudanças climáticas para os países em desenvolvimento. Segundo o Balanço Global das Emissões na COP 28, será preciso US$ 5,9 trilhões para implementar as NDCs dessas nações em desenvolvimento. A COP 29 tem como objetivo tratar do modelo de financiamento para esses países.
‘A decisão de financiamento será a mais importante para a COP 29. É extremamente importante sair do Azerbaijão com a Nova Meta Coletiva e Quantificada (NCQG) que deve contemplar as ações de mitigação, adaptação e transferência de tecnologias, capacitação dos países em desenvolvimento, isso visando limitar o aquecimento global em 1,5º C até o final do século’, disse o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente, Muni Lourenço.
Mercado de Carbono Integrado e Uso de Créditos Voluntários
A CNA defende uma integração entre os mercados de carbono internacionais e o uso de créditos de carbono privados. A primeira questão trata da formação de um acordo para a integração entre os mercados regulados de carbono do Brasil e de outros mercados regulados. Seria uma espécie de venda e compra dos créditos de carbono, o que poderia ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a CNA também defende o uso de créditos de carbono voluntários para ajudar a financiar projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Fonte: @ Estadão
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