Agentes de mercado precificam chuvas recentes e mantêm condições climáticas no radar, colaboram para repor a umidade e instabilidades, permitindo condições mais intensas para chuva e tempo mais firme.
A terceira semana de outubro inicia com os agentes de mercado analisando as possíveis mudanças nos preços das commodities em decorrência da chegada da chuva em grande parte do país. A chuva é um fator crucial para a produção de commodities, especialmente em regiões como o Paraná e Goiás, que são conhecidas por suas áreas produtoras de soja.
Com a chegada da chuva, os preços das commodities podem sofrer alterações significativas, afetando a economia do país. Além disso, a chuva também pode impactar a produção de outros produtos agrícolas, como milho e trigo, que são fundamentais para a economia brasileira. A variação nos preços das commodities pode afetar a disponibilidade e o custo desses bens no mercado, o que pode ter um impacto significativo na inflação e na economia como um todo. A chuva é um fator imprevisível, mas é essencial para a produção de commodities.
Previsões Climáticas e Mercado de Commodities
De acordo com a Climatempo, as chuvas colaboram para repor a umidade do solo, favorecendo a semeadura da oleaginosa. Isso é especialmente importante para as commodities agrícolas, como a soja, que dependem de condições climáticas favoráveis para o crescimento.
As instabilidades mais intensas se concentram sobre a metade norte do Brasil e a chuva se espalha sobre grande parte do Centro-Oeste e sobre o interior da fronteira agrícola do Matopiba. Em áreas entre Mato Grosso e Goiás, Triângulo e Cerrado mineiro há condições para chuva de aproximadamente 100 mm nos próximos cinco dias. No Paraná e interior do Sudeste, grande parte das áreas produtoras devem ter uma semana de tempo mais firme e chuvas muito esparsas devem atingir a faixa leste da região e noroeste paulista.
Impacto no Mercado de Commodities
As projeções mais otimistas quanto ao clima já têm surtido efeitos ou ao menos estão no radar do mercado. Isso é especialmente verdadeiro para as commodities agrícolas, como a soja e o boi gordo. A arroba do boi gordo manteve-se em alta por mais uma semana consecutiva, com preços subindo 1,5% ante o período anterior e encerrando a sexta-feira a R$ 297,50 por arroba.
Na Bolsa do Brasil, a B3, os contratos futuros de outubro ultrapassaram os R$ 300 por arroba, fechando a semana a R$304,90. A valorização também foi observada nos contratos com vencimento em novembro e dezembro. Esse movimento de alta seguiu impulsionado pela forte demanda doméstica na primeira quinzena do mês, somada ao ritmo acelerado de exportações, que atingiram volumes recordes no último mês.
Preços dos Produtos Agrícolas
Os preços no mercado físico mantiveram-se praticamente estáveis na segunda semana de outubro. A saca de 60 quilos de soja teve valorização de 0,5% na semana, encerrando a sexta cotada a R$ 141,42 em Paranaguá (PR). No mercado futuro, os contratos de novembro e dezembro também apresentaram valorização.
A consultoria Markestrat Group destaca que, embora os preços dos produtos agrícolas estejam estáveis, as condições climáticas favoráveis podem impulsionar a demanda e os preços nos próximos meses. Além disso, a recuperação das pastagens impulsionada pelos maiores volumes de chuvas previstos e aumento da demanda pela categoria podem mudar o cenário de oferta limitada e pressionar os preços da arroba.
Fonte: @ Estadão
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