Fenômeno La Niña deve se intensificar no fim do ano, trazendo chuva e alívio para o clima seco e quente, reduzindo queimadas e fumaça na fronteira brasileira.
Uma frente fria que avança pelo Sul do país deve trazer um alívio momentâneo para algumas áreas do Brasil, trazendo chuva para aliviar a seca. A previsão é de que ela provoque chuvas intensas neste sábado, 14, nos estados de Santa Catarina e Paraná.
No domingo, 15, as precipitações devem chegar ao Mato Grosso do Sul e às regiões leste e central de São Paulo, trazendo chuvas passageiras que podem ser seguidas por um período de estiagem. É importante destacar que essas chuvas podem ser pontuais e não resolverão completamente a situação de seca em algumas regiões. A previsão do tempo é fundamental para planejar atividades ao ar livre.
Previsão de Chuva no Brasil: O que Esperar
A meteorologista Desirée Brandt, da Nottus, alerta que a chuva prevista para algumas regiões do Brasil não deve ser intensa e nem durar muito. A partir de terça-feira, 17, as precipitações já estarão dissipadas e o tempo seco e quente deve retornar para essas áreas. Além disso, não é descartada a ocorrência de chuva preta, que pode trazer um alívio em relação às queimadas e à fumaça.
A chuva vai mudar a direção dos ventos e a temperatura também deve diminuir, o que alivia, mesmo que momentaneamente. No entanto, os problemas com as queimadas continuam em outras partes de São Paulo. Há previsão de chuvas pontuais em áreas da fronteira brasileira com Bolívia e Peru, mas não deve mudar a situação climática dessas zonas, já que serão precipitações passageiras.
Previsão de Chuvas em Outras Regiões
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há chances de chuvas também no norte e noroeste do Amazonas e em Roraima. O litoral nordestino também pode ter chuvas passageiras da faixa que vai do sul da Bahia ao norte do Rio Grande do Norte. No interior do Brasil, o clima continua quente e seco. Em São Félix do Araguaia (MT), por exemplo, a máxima pode chegar aos 40ºC no domingo.
Situação parecida para áreas de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Minas Gerais. A recorrência das chuvas deve ficar para outubro, quando elas começam a ganhar corpo no centro do Brasil. ‘Não vai ser assim: aperta um botão e vamos ter um monte de chuva generalizada. Mas ela fica cada vez mais encorpada’, prevê a meteorologista.
La Niña e Seus Efeitos
A formação do La Niña deve ser adiada para o final do ano, segundo apontam as projeções da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA). A maior probabilidade apontada pela instituição é de que o fenômeno se forme entre novembro de 2024 e janeiro de 2025. No entanto, Brandt explica que isso não indica que o La Niña será forte, pelo contrário, a intensidade mais provável é a fraca.
Por isso, os efeitos do fenômeno devem ficar mais visíveis no verão. ‘Se ele for muito fraco, vai ter mais cara de neutralidade [climática] do que de La Niña. Com ele se consolidando no final do ano, a gente deve sentir os sintomas no início de 2025. Esses sintomas seriam: uma chuva mais volumosa e muitas vezes mais persistente, pegando desde a costa Sudeste até às áreas mais ao Norte, sendo assim tendo uma temperatura até baixa para a época do ano’, analisa a especialista.
Fonte: @ Estadão
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