Frente fria avança, alerta de temporais, tempo quente, seco, risco de queimadas, intensidade moderada.
As queimadas que ocorreram no estado de São Paulo e afetam também outros estados do Sudeste, a região Centro-Oeste e o Norte do Brasil se alastraram devido a uma conjunção de elementos climáticos e circunstâncias ambientais que elevam a probabilidade de queimadas. A análise é da especialista em meteorologia da Tempo Ok, Maria Clara Sassaki.
Esses focos de calor têm preocupado as autoridades e a população, que buscam medidas para conter os incêndios e minimizar os danos causados pelas queimadas. A prevenção e o combate eficaz aos incêndios são essenciais para preservar o meio ambiente e garantir a segurança de todos os habitantes das áreas afetadas pelas queimadas.
Risco de Queimadas Aumenta com Frente Fria Avançando
Leia mais: Frente fria avança no Sul e leva mais chuva ao RS; há alerta de temporais em SC Fim de semana de tempo quente e seco; saiba até quando haverá trégua nas chuvasTemporais no Sul e tempo seco com risco de queimadas no Centro-Oeste Segundo a especialista, antes da passagem da frente fria, uma forte massa de ar seco agiu sobre o interior do Brasil, deixando as temperaturas muito elevadas e a umidade relativa do ar em níveis críticos. Vários municípios registraram índices abaixo de 10% por alguns dias seguidos. A falta de chuva deixou o solo bem seco, com índices abaixo dos 40%, outro fator que também contribui para o aumento de queimadas’, afirma Sassaki. Os ventos de intensidade moderada a forte também ajudam a espalhar os focos de queimadas.Sassaki explica que eles são comuns nesta época do ano e ainda mais intensos em áreas que já estão com focos de calor ativos. ‘Os ventos podem transportar pequenas partículas incandescentes, ou muito aquecidas, para áreas distantes dos focos originais, gerando uma nova queimada, o que dificulta o trabalho de controle desses incêndios’, pontua.Vento levou fuligem e fumaça por centenas de quilômetros Ao analisar os mapas de satélite, a especialista conta que na sexta-feira, 23, quando a frente fria se aproximou do Sudeste, os ventos mais próximos da superfície acompanharam o movimento da frente fria e espalharam os focos de queimada das áreas de cana-de-açúcar, no norte de São Paulo, para outras áreas em direção à faixa leste do estado.’Houve transporte de fumaça e fuligem por centenas de quilômetros e até cidades da Região Metropolitana de São Paulo registraram resquícios dos incêndios. Até o cheiro do ar e a coloração do pôr do sol mudaram’, afirma Sassaki. ‘Após a passagem da frente fria, houve redução significativa nos focos de queimada em Mato Grosso do Sul e em São Paulo.Mas o sistema não conseguiu reverter a situação nos demais estados do Centro-Oeste e do Sudeste’, completa. Risco de queimadas segue Nesta segunda-feira, 26, a Defesa Civil de São Paulo informou que não havia mais focos ativos de incêndio.Neste momento, a maior quantidade de queimadas se concentra nos estados de Mato Grosso, Rondônia, sul do Amazonas, do Pará, no Tocantins, no Maranhão e no Piauí. ‘Como não há previsão de chuva significativa nestas áreas até o final da primeira metade de setembro, o risco de queimadas segue elevado para estes estados’, afirma Sassaki.Em São Paulo, o risco de queimadas aumenta gradativamente nos próximos dias, de acordo com a especialista. O mesmo alerta vale para Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. ‘A chuva que aconteceu com a passagem da frente fria não foi suficiente para aumentar a quantidade de água disponível no solo e o risco aumenta devido ao retorno do tempo seco’, conclui.Para esses estados, no centro-sul do país, a temperatura volta a subir na quarta-feira, 28, e a umidade relativa do ar retorna a índices críticos.
Fonte: @ Estadão
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