Aliança global contra a fome e a pobreza, acordada por 82 países, com China, reforça produção de alimentos.
O setor agropecuário brasileiro saíu ganhando a curto, médio e longo prazos após a 19ª Reunião de Cúpula do G20, que reuniu as 20 maiores economias do mundo, sob liderança do Brasil, anfitrião e país presidente do bloco na ocasião. A liderança do Brasil no G20 esteve atrelada a um dos principais pontos do encontro: a segurança alimentar e a redução do custo de produção em diferentes atividades agropecuárias.
Essa priorização do setor agropecuário pelo Brasil em cena internacional favoreceu os exportadores de produtos agropecuários, como carnes, oleaginosas e milho, e pode abrir caminho para melhores preços internacionais para esses produtos, aumentando a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros no mercado global. Além disso, o aporte de tecnologia e recursos para o setor agropecuário deve mobilizar recursos para a agricultura de forma ainda mais eficiente no longo prazo.
Aliança Global contra a Fome e a Pobreza: um passo importante para o desenvolvimento sustentável
O compromisso assumido por 82 países, além da União Europeia e da União Africana, no combate à fome e à pobreza, garante mais alimentos na mesa da população mundial, o que resulta em maior produção e consumo globais. Este acordo é um marco importante para a agropecuária e a agricultura, setores fundamentais para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico.
A importância da agropecuária no combate à fome e à pobreza
A agropecuária e a agricultura são setores primordiais para a produção de alimentos e a geração de empregos, o que os torna fundamentais para o combate à fome e à pobreza. Além disso, esses setores também desempenham um papel crucial na preservação do meio ambiente e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
A aliança global como um divisor de águas
A adesão da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em novembro, foi um divisor de águas para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a diplomacia brasileira. Com a adesão de 26 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 fundações filantrópicas ou não-governamentais, o Brasil tornou-se um dos principais atores no combate à fome e à pobreza em nível global.
Acordos bilaterais: um novo capítulo para a agropecuária brasileira
Em novembro, no dia 20, o presidente da China, Xi Jinping, visitou o Brasil e assinou 37 acordos bilaterais com o presidente Lula. Esses acordos incluíram áreas como agricultura e indústria, além de um plano de cooperação por sinergias entre programas brasileiros e a iniciativa chinesa ‘Cinturão e Rota’. O setor agropecuário foi um dos principais beneficiados com a abertura do mercado chinês à exportação de sorgo, uvas frescas de mesa, gergelim, farinha e óleo de peixe, além de outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal.
Aumento das exportações para a China
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil pode ganhar pelo menos US$ 7 bilhões em exportações para a China, o principal importador mundial de gergelim. Além disso, a China também está interessada em diversificar seus fornecedores de sorgo após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Agropecuária na COP29: desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas
A agropecuária também permeou os debates da 29ª Conferência do Clima, em Baku, no Azerbaijão. Uma das iniciativas debatidas foi um plano de trabalho para o desenvolvimento de uma plataforma online que mostre como os países estão avançando para melhorar seus sistemas produtivos e adaptá-los às mudanças climáticas.
Fonte: @ Estadão
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