Lideranças do governo estão desconvencida e a transição de poder é lenta, sugerindo falta de comandos claros nas decisões de gastos e dados, que afetam a banca de lideranças partidárias.
A transição de poder entre os presidentes da Câmara é um processo delicado que pode afetar a capacidade de tomada de decisões e a eficácia do controle do legislativo. A mudança de governo pode trazer desafios e oportunidades para o novo presidente da Casa, que precisa consolidar sua influência e liderança para implementar suas políticas.
É esperado que o novo presidente da Câmara exerça um controle mais forte sobre os assuntos legislativos, garantindo que as decisões sejam tomadas com equilíbrio e responsabilidade. Além disso, ele também precisará exercer uma influência positiva sobre os demais membros da Casa, para que juntos possam encontrar soluções eficazes para os problemas enfrentados pelo país. Nesse contexto, a transição de poder é uma oportunidade para reavaliar prioridades e dar um novo rumo às ações políticas da Câmara.
Transição de Poder
A percepção dos deputados que acompanharam as negociações é de que os parlamentares alagoanos e paraibanos perderam o controle total sobre as lideranças partidárias, impulsionados pela perda de poder. O deputado alagoano, apesar da disposição em agradar ao Palácio do Planalto, não tem mais domínio absoluto sobre as lideranças, enquanto o paraibano não pode exercer influência completa sobre o grupo porque ainda não assumiu o cargo. O PSD e o União Brasil, que em outros tempos aderiam cegamente aos comandos, agora se ressentem por terem sido preteridos na sucessão da Casa e estão mais ‘desconvencidos’.
Segundo apurou a Coluna do Estadão, em uma reunião na residência oficial de Lira desta terça-feira, 17, as lideranças do governo usaram a alta do dólar, que chegou a superar os R$ 6,20 nesta manhã, como argumento para que os parlamentares votem a favor das propostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A influência do governo ainda é significativa, mas as bancadas não ficaram convencidas. A avaliação entre os deputados é de que a regulamentação da reforma tributária passará no plenário de forma mais tranquila, mas o pacote fiscal ainda deve enfrentar resistência. São dois projetos e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que exigem controle para aprovação.
Lideranças do Senado, por sua vez, dizem que o desafio do Palácio do Planalto é realmente na Câmara. Ou seja, os senadores devem ratificar a votação do plano de corte de gastos se os deputados derem seu aval. Como mostrou a Coluna do Estadão, o governo cobra a aprovação do pacote na Câmara usando como argumento o apoio antecipado do PT a Motta para a presidência da Câmara. Mas o processo sucessório deixou sequelas: aliados dos deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA), que tiveram de desistir de disputar o comando da Casa quando os petistas tomaram lado na disputa, continuam incomodados com a forma como a sucessão foi tratada tanto pelo governo quanto por Lira.
No Senado, a sucessão foi mais ‘amigável’ e as articulações na Casa já eram centradas em Davi Alcolumbre (União-AP), que voltará ao comando para suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e manteve sua influência intacta nos últimos anos por presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Fonte: @ Estadão
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