Advogadas e advogados atuam em defesa dos interesses, fortalecendo jovem advocacia no Sistema de justiça. Precarização do trabalho enfraquece imagem do advogado. Autoridades valorizam a profissão, mas luta contra o aviltamento dos honorários é necessária.
Em momentos de mudança, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de São Paulo não pode falhar. É hora de nos comprometermos a sermos uma força de campo da advocacia, defendendo os interesses da sociedade que nos confia.
A candidatura à presidência da OAB-SP não é uma escolha isolada, mas uma decisão que considera o quadro atual da advocacia e a sociedade brasileira. É hora de considerarmos os desafios que enfrentamos e os rumos que devemos tomar. Ninguém é candidato de si mesmo, mas sim um defensor da advocacia, do sistema de justiça e da sociedade. Acredito que a eleição para a presidência da OAB-SP seja uma oportunidade de refletir sobre a sociedade e fazer com que nossas ações estejam mais próximas dos interesses da advocacia.
Presidência: Valorização e Fortalecimento da Advocacia
No pós-pandemia, é fundamental combater o enfraquecimento da imagem do advogado, decorrente da banalização do papel, precarização do trabalho e visão de adversários por parte das autoridades. Uma atuação mais incisiva da OAB-SP na defesa das prerrogativas e garantia do exercício pleno do ofício, com autonomia e respeito, é crucial para a valorização da profissão. É preciso manter o diálogo franco, mas com diplomacia e seriedade.
Durante minha gestão anterior, houve esforços para garantir o respeito à advocacia em todas as instâncias e ampliar o diálogo com os tribunais e autoridades. No entanto, a pandemia superpôs prioridades. Agora, é preciso intensificar a luta contra o aviltamento dos honorários, buscando soluções que protejam a dignidade e o valor do trabalho de cada profissional.
A jovem advocacia é o futuro da nossa classe, merecendo atenção especial. Os primeiros anos da carreira são desafiadores, com dificuldade na colocação no mercado, construção de uma rede de contatos, atualização constante e busca por estabilidade financeira. É fundamental que a OAB-SP esteja ao lado desses profissionais, oferecendo apoio e formação. Durante minha passagem pela presidência, criamos programas de apoio à jovem advocacia, cursos de aperfeiçoamento e palestras, mesmo com a pandemia como pano de fundo. No entanto, há muito a ser feito.
Quero voltar à presidência para aumentar os descontos iniciais na anuidade aos novos colegas, proporcionar cursos gratuitos síncronos e assíncronos, focar em formação com cursos de aperfeiçoamento para organização de escritórios, marketing jurídico e relacionamento com clientes. Firmaremos parcerias com Escolas de Negócios e implementaremos um programa de mestrado profissional na área de administração legal e gestão jurídica. A OAB-SP precisa ser um espaço de fomento ao conhecimento.
Outra prioridade é a defesa dos direitos das mulheres, com o objetivo de combater o aviltamento da imagem feminina. Vamos dobrar o tempo de isenção da anuidade para a advogada que teve filhos e dobrar o tempo de auxílio financeiro para a mulher vítima de violência doméstica. Além disso, daremos todo amparo institucional às advogadas que se vejam vítimas dessa covardia.
A presidência da OAB-SP precisa ser um espaço de fomento ao conhecimento, com foco em formação e defesa dos direitos das mulheres. É preciso combater o aviltamento da imagem feminina e dar todo amparo institucional às advogadas que se vejam vítimas de violência doméstica.
Fonte: @ Estadão
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