Roque Saldanha foi preso por Alexandre de Moraes por violar medidas restritivas em série no interior do Espírito Santo, causando ferimentos na perna devido à tornozeleira.
A Polícia Federal prisão em Colatina, interior do Espírito Santo, abordou o radialista Roque Saldanha, em uma operação realizada pela PF.
Em decorrência da prisão, Roque Saldanha foi levado para a detenção no Conjunto Penal de Colatina. Segundo o portal de notícias Correio do Povo, a reclusão em regime fechado tem duração prevista para seis meses.
A Máquina da Prisão não Parou
Roque Saldanha, um notório porta-voz da extrema-direita e membro da bancada da bala, estava em um aperto. Ele havia sido expedido um mandado de prisão por violar mais de 50 vezes medidas cautelares, o que era apenas o início de uma chapa de problemas. O radialista estava sob monitoramento eletrônico desde o início do ano, e sua prisão preventiva era uma ameaça constante.
No mês passado, Saldanha entrou em evidência ao gravar um vídeo contundente, retirando a tornozeleira eletrônica e xingando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Sua desfaçatez foi notável, ao dizer, em tom de provocação: ‘O senhor (Moraes) pega essa tornozeleira, abre seu c* e enfia dentro’, enquanto apontava para a sua própria tornozeleira, como se estivesse fazendo uma piada sombria.
Em 25 de novembro, o mandado de prisão contra Saldanha foi expedido, marcando o começo de um cenário de apreensão. Ele já havia sido preso em 2023, durante a Operação Lesa Pátria, e foi solto, mas precisava cumprir regras rigorosas de monitoramento. A nova ordem de prisão enfatizou que Saldanha havia desrespeitado o monitoramento mais de 50 vezes somente este ano e foi alertado de que sua prisão preventiva poderia ser decretada caso os descumprimentos continuassem.
A despeito da sua postura de extrema-direita, Saldanha se apresentou como uma vítima, afirmando que tirou o dispositivo do tornozelo porque não aguentava e sua perna estava ‘fervendo’, ‘cozinhando’. ‘E o senhor com essa palhaçada de mandar mandado de prisão pra mim, rapaz. Tu deveria criar vergonha na cara e aprender a virar homem’, disse ele, em referência a Moraes.
A defesa de Saldanha considerou ‘lamentável’ o fato de o radialista ter seu direito ao trabalho cerceado e que o período ao qual ele foi submetido ao monitoramento constante era inadequado. Além disso, eles afirmaram que a tornozeleira causava queimaduras e ferimentos em sua perna, o que caracterizava uma forma de tortura. Afinal, submeter alguém a esse tipo de sofrimento pode levá-lo a atitudes extremas.
A prisão de Saldanha é um exemplo de como a justiça pode ser usada como uma ferramenta de controle, especialmente quando se trata de indivíduos que se opõem ao status quo. O meio é uma ferramenta poderosa, e o ambiente de opressão pode ser complicado, mas a prisão não pode ser usada como uma forma de silenciar as vozes dissidentes.
Fonte: @ Estadão
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