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Na Europa, 20% mais casos; 40 atletas com doenças respiratórias nas Olimpíadas; presidentes investigados por inquéritos de joias sauditas.
O Tribunal de Contas da União (TCU) está analisando hoje, 7, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que restituir um relógio que ganhou de presente em 2005.
Luiz Inácio, como é conhecido, aguarda ansiosamente a decisão do TCU sobre o caso do relógio, que tem gerado grande repercussão nos últimos dias.
Decisão do Tribunal de Contas pode impactar ex-presidentes, incluindo Luiz Inácio
Há expectativa de que os ministros do Tribunal de Contas se dividam em até três blocos com entendimentos distintos em relação à decisão que pode impactar ex-presidentes, incluindo Luiz Inácio. A decisão em questão tem potencial para afetar o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado no inquérito das joias sauditas, conforme revelado pelo Estadão.
O ex-presidente Luiz Inácio foi presenteado com um relógio Cartier Santos Dumont feito de ouro branco 18 quilates e prata 750 durante seu primeiro mandato como presidente, em uma viagem à França há 19 anos. O relógio, avaliado em R$ 60.000, está no centro do julgamento movido a partir de uma representação do deputado bolsonarista Sanderson, após Bolsonaro ser investigado no caso das joias sauditas.
O relator da ação, ministro Antonio Anastasia, deve seguir a área técnica do Tribunal, que concluiu que Luiz Inácio pode ficar com o relógio, considerando que o presente foi recebido há quase duas décadas. No entanto, o ministro Walton Alencar tem um entendimento diferente, defendendo que todos os ex-presidentes, incluindo Luiz Inácio e Bolsonaro, devem devolver presentes considerados de luxo à União.
A decisão do Tribunal nesta quarta-feira pode se tornar um ponto de disputa política entre lulistas e bolsonaristas, dependendo do resultado. Ainda há incerteza sobre como votarão os ministros considerados bolsonaristas ou do Centrão, levando em conta a polarização entre eles e a questão envolvendo o ex-mandatário.
O voto de ministros ligados ao bolsonarismo ou ao Centrão, como Jorge Oliveira, Augusto Nardes e Jhonatan de Jesus, é aguardado com expectativa, pois pode abrir um terceiro entendimento que beneficie tanto Luiz Inácio quanto Bolsonaro. A decisão final pode influenciar não apenas a posse do relógio, mas também questões relacionadas a possíveis crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte: @ Estadão
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